terça-feira, 3 de maio de 2011

Devaneios de Sexta

Escrito: 11/03/2011

    Sempre tem um começo, e normalmente esse começo é definido por algo, ou uma ação, uma palavra, um sinal. Mas quando se sabe que algo começou, sabemos que acabará. Por isso gosto daquelas coisas aonde não há um marco inicial, não há sinalização para a entrada dessa nova era, não há começo... e por isso não há certeza de um final.

    As conversas começam com coisas simples, cumprimentos, afinal precisamos de simplicidade para a suposta complexidade que deveria vir posteriormente em cada conversa (considere conversa uma troca de palavras entre dois seres humanos) que temos. Mas quanto mais eu vejo as pessoas conversando e mais eu converso, mais eu vejo que a parte mais sincera da conversa é exatamente o: Oi.

    É, essas palavras complicam tanto, pode se juntar palavras simples e ter tanto significado, tanta mudança num pequeno e simples conjunto. "A simplicidade é uma complexidade resolvida" . Tentemos manter as conversas focadas no essencial, tudo focado no essencial, o pensamento focado no essencial, pois focar no essencial não significa excluir o resto, mas realmente ver o que importa, pois tudo é limitado e o essencial é exatamente tudo que podemos processar de bom, não podemos processar tudo, mas podemos processar tudo de bom e correto, mas é uma tarefa impossível, é querer a perfeição.

    Eu concordo com a busca da perfeição. É algo que você nunca vai atingir, e se atingir, nunca poderá saber se atingiu, mas ao tentar atingi-la você fará exatamente o melhor que podia, atingindo assim a SUA perfeição. A perfeição é uma palavra com significado tão grande, carrega dentro dela tudo de bom que existe, ou tudo de ruim, é uma palavra muito contextual. A perfeição do mal.

    Essas bolhas que saem flutuando das nossas bocas, para explodirem nos ouvidos dos outros, podem ser barulhentas, grandes, silenciosas, calmas, etc... mas se você atingir o ouvido, ja basta, a pessoa que escuta mas não processa é melhor daquele que processa antes de escutar, isso mesmo, preconceito. Eu queria escutar mais bolhas bem coloridas, com muitas cores, mas elas nunca chegam até mim, nunca encontrei alguem que fizesse bolhas tão cool.

    Mas aonde termina o deserto arído da nossa mente, a verdade é que a nossa mente é uma floresta, o difícil é convertê-la em deserto, renová-la para então escolher que espécies e diversidade se quer. Mesmo quando se acorda, estamos com nossas mentes cheias do dia anterior, dos nossos sonhos da madrugada e os últimos pensamentos que conseguimos arquivar antes de dormir.

    Querer gravar tudo que se recebe é uma receita para o fracasso, ja é difícil filtrar o que conseguimos receber. Essas frases bestas, piadas que nos fazem rir na hora, nem gravamos... não precisamos, são momentâneas, o nosso cerébro nos faz o favor de deixá-las apenas para aquele momento, tenho pena de quem grava toda piada que escuta, a não ser que seja um comediante...

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