terça-feira, 3 de maio de 2011

Devaneio Introspectivo

Escrito: 20/04/2011

    Pois é, algo mudou... bruscamente, mas de uma forma tão sutil que até é bom. As grandes tardes e horas, minutos, tempo em geral... de introspecção e simples busca pelo conhecimento, e pelo pensamento e compreensão como vetor da mudança mental que levaria a mudanças físicas e de outros tipos: emocionais, sentimentais, existenciais, etc. Essa introspecção se tornou rara agora, fico imaginando o porque e principalmente, porque assim é melhor?

    Depois de passar tempo demais utilizando a maior parte do tempo e energia em complexas reflexões, minuciosas linhas de pensamento que deveriam levar a uma compreenção simplista do universo e existência, pois querendo ou não... é algo que todo ser-humano procura responder ao menos uma vez na vida, e mesmo que a maioria se contete com um "Não sei, não preciso saber" eu simplesmente não concordo com isso, e muito menos em seguir doutrinas religiosas, filosóficas que tentem responder isso por mim, a realidade é que a única pessoa capaz de responder isso sou eu mesmo. Mesmo que minhas conclusões sejam compostas por fragmentos de outras conclusões, eu concluo isso a partir da pergunta e não da resposta como muitos fazem ao seguir determinada regra, pensamento ou dogma alheio.

    Afinal foi como um processo, de certa forma muito gradual. Teve seu início, seu ápice e sua decadência, que supreendentemente foi quase imperceptível. Á medida que a necessidade pela introspecção diminuía, o vazio que precisava ser preenchido, igualmente diminuía. Então a necessidade diminuia por um motivo real, e não pela incapacidade de continuar ou pela estagnação. E esse motivo real é o que importa, e o que no final era realmente o próprio objetivo, mas que durante do caminho eu não conseguia ver o que estava perseguindo, estava perdido e duvidando da própria existência desse objetivo, até porque não estava buscando isso.

    Apesar de estar satisfeito com os resultados e de ter completado a tarefa que nem havia me dado conta até saber que a tinha terminado, tenho ciencia de seja lá o que preencha o vazio de antes, não é algo sólido o bastante para durar as pertinências e novas perspectivas propocionadas pela vivência continua, por isso talvez no futuro... novas eras de introspecção retornem como meio à paz. No final de tudo, procuramos atingir a felicidade e a paz. São termos relativos mas que são bons em qualquer relatividade que seja.

    Os frutos são agora colhidos, nem todos estão maduros, na verdade a maioria ainda não está. Mas o horizonte e a perspectiva que vejo é boa, até mesmo pelo aquilo que começo a experimentar no presente. A felicidade e paz sólidas momentâneas que foram adquiridas ao longo do tempo, agora retornam em booms criativos, calmos e que ajudam a focalizar e compreender a desenvoltura dos acontecimentos e o próprio papel do ser na definição de si mesmo.

    Mas o problema é que a introspecção nunca será abandonada totalmente, é impossível preencher totalmente o vazio a ponto de não precisar mais sequer checar se o vazio ainda existe ou voltou a existir. Este próprio texto é uma profunda introspecção. O choque que a mudança de paradgima causa sobre a forma como vivo agora, faz com que os critérios predecendentes sejam anulados ou revigorados, isso acontece de forma invonlutária e o máximo que posso fazer é tentar descobrir e entender os novos critérios ou o que aconteceu com os velhos, e isso é preciso pois os novos critérios não podem ser seguidos se não forem entendidos. A definição de critério neste parágrafo deve-se ao sentido, ao como as ações são medidas, tomadas e ativadas.

    Felizmente agora chega um ponto onde o intervalo diário deixa de ser algo monumental e que possa transformar totalmente a vida, passando a ser apenas parte de um processo e uma meta traçada mais à frente... ainda terei que me acostumar com isso, algo que ja está acontecendo.

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