terça-feira, 31 de maio de 2011

Se me permite...

       Sei como é, já passei por isso, de uma maneira mais leve, mas parecido... Foi puro desespero, principalmente por minha parte, mas havia também da outra parte, e desse desespero começou a amizade. 2 Anos e tudo ok, muita diversão e era legal realmente! Espartanos, vilas, treinamento, luta, blah blah blah, só besteira, mas era legal. Porém era estranho de qualquer maneira, não éramos realmente amigos, éramos "melhores amigos" mas não éramos sequer amigos na verdade. Tanto que quando ele realmente encontrou amigos, fiquei meio que de lado, apenas os laços do passado eram o que realmente nos ligava ainda, se eu conhecesse ele naquele momento nem iríamos trocar palavras, mas mesmo assim eu continuava indo na casa dele, conversando, trocando problemas e soluções.

       Enfim tudo se acaba após 4 anos de amizade intensa mas vazia. Praticamente nenhum contato, como se nem nos conhecêssemos, o que eu senti foi um alívio, tristeza e alívio no começo... enfim passou, eu estava sozinho, completamente. Mas sabe, foi bom. Foi bom, para mim saber e finalmente ser quem eu sou, eu não podia ser quem eu era totalmente, pois se eu o fosse, não teria como, afinal não combinávamos. Então finalmente conheci um amigo, o meu primeiro amigo de verdade. E a sensação de alívio finalmente prevaleceu sobre a tristeza que se converteu em felicidade. Mas olha, o período de poucos meses em que me encontrei sozinho, foram extremamente importantes, se pudesse ficaria mais um pouco. A solidão é muito benéfica em doses certas, mas nunca queremos ficar sós, por isso mesmo a evitamos, porém quando não há como, aproveite.

Consegui Transformar

       Consegui transformar este blog, de um conjunto de textos e poesias abstratas e subjetivas para um mero desabafo idiota adolescente sem nada a acrescentar para ninguém, nem para mim... mas fico feliz por poder desabafar nem que seja para o nada...

       Espero ainda fazer algo como no passado, mas está transformado, em grande parte será sempre essas narrações ou análises sobre coisas mundanas e banais, do meu dia a dia, ou o cerne das minhas questões atuais

31/05

       Último dia deste mês, que como já disse aqui como me sinto em relação a isso: http://devianismo.blogspot.com/2011/05/evolucao-diaria-mensal.html

       Mas o último dia foi assim...

       Acordei, estava muito cansado por causa do dia anterior, ontem saí o dia inteiro e dormi tarde. Chego na aula, e me sinto mais acordado do que nos outros dias, normalmente eu só realmente me sinto acordado lá pelas 8:30h, mas ainda eram 7:30 e lá estava eu. O Carlos havia faltado, não sei o motivo, iria ter reunião do jornal hoje de manhã, pensei que ele iria participar, além disso, talvez ele fosse a tarde na minha casa, me decepcionei um pouco. Prestando atenção à aula de matemática, a pessoa que senta ao meu lado ainda não tinha chego. Por algum motivo, a um tempo atrás perdi meus lápis, canetas e borrachas, por isso sempre pego emprestado com ela e mesmo assim qualquer aula se torna mais legal ali. Sempre chegando atrasada, ok, senta ali e tira o material e uma manta, wtf? uma manta? QUEM TRAZ UMA MANTA PARA A SALA? Uma manta listrada estilo zebra, e ela era quentinha, por experiência própria, a gente dividiu a manta, e ela realmente era agradável, porque a calça fina do uniforme sempre deixa as pernas frias a essa hora do dia, não desta vez. Queria uma manta daquela.

       A aula de matemática passa, eu e ela (Amiga da Manta) só fizemos o exercício 1 e parte do 2, ao menos acertamos completamente o 1. Tem prova na quinta, que droga. Vem aula de biologia, slides e power point, um convite para descansar. Aliás nem estava tão cansado para isso, então comecei a prestar atenção, de certa forma... mas pqp, como uma doença de planta se chama "Doença da Plantinha Boba", COMO ASSIM? PLANTINHA BOBA??? AONDE VOCÊS VÃO PEGAR ESSES NOMES??? NA 2ª Série?

Professora 2ª Série: Amiguinhos, hoje vocês vão ter que dar o nome pro dodói que esta planta têm, estão vendo? Ela fica molinha e tem dificuldades para crescer, que coisinha ruim. Que nome podemos dar?
Aluno nº1: Prof, que tal chamar de Plantinha Molinha?
Aluno nº2: ELA PARECE UMA BOBA, Que Plantinha Boba!
Aluno nº3: Plantinha Boba, ela ta com o dodói da plantinha boba.
Professora 2ª Série: Então vamos chamar de Doença da Plantinha Boba, ok? Todos concordam?
Todos: Sim professora!

       Me poupe né, tive que ficar falando e rindo disso até o final da aula! E a aula passou, nem deu tempo de passar exercícios, great!

       Aula de física, vulgo aula para dormir. O professor é muito legal e a matéria é muito fácil, ou seja, a aula ideal para ouvir música e encostar a cabeça e dormir. Mas bom, eu incrívelmente não estava com tanto sono para tal, até tentei um pouco, mas ok, fiquei copiando do quadro. E este é o único professor que comentou sobre a música A Oração da Banda Mais Bonita da Cidade, e ele realmente gostou, digo até que mais do que eu, era óbvio que iríamos fazer algo com ela, ele vivia cantando ela durante a aula, e até colocou o vídeo para nós. A professora de química viajou com o Terceirão, logo não teríamos aula de química, mas outra de física no lugar, outro fato que podia deduzir como ócio, não teria o que fazer a aquela altura.

       Chamaram a gente para uma reunião do jornal, no meio da aula de física. Okay. Fomos até lá, estava muito frio sem aquela manta, tive que beber café, nem gosto tanto... mas ele esquentou-me. Discutiam patrocínios, e como fazer para o Jornal funcionar, eu não tenho como ajudar nisso. Aliás tenho que tentar pegar patrocínios no comércio local, talvez quinta. Então chegou a hora de definir as pautas de uma vez. Temos que entregar nossa matéria até semana que vem, mesmo que o jornal só venha a sair em Julho (se sair), eu tenho certeza que não conseguirei, até porque eu fiquei com as matérias que precisam de mais pesquisa e tempo, ou seja, atualidades e entrevistas. Vou focar na educação, greves e tal, mas ainda tenho que procurar mais conteúdo.

       O sinal do recreio soou e ainda estávamos na reunião, ficamos lá por mais uns 8 minutos. Desci e fui comprar comida, era dia do cachorro quente, cheguei a tempo de pedir o último. Sentei-me no banco que eu e o Carlos popularizamos, ninguém raramente sentava naquele banco branco ao sol, agora ele estava totalmente ocupado... tive que me espremer ali. O QCTO estava com o violão e eu terminando o meu cachorro-quente melequento que sujou toda minha mão de molho, aliás tem como comer essas coisas sem vazar molho? Sempre me sinto um nojento quando faço isso, mas parece impossível. Então o QCTO me pergunta:

_Como você faz pra marcar ritmo?

_Ah cara, tem que fazer aula, você faz aula né?

_Sim, só que eu faltei nas primeiras.

_Ok, eu te ensino... na verdade você pra aprender a marcar tempo é só usar o pé como marcador e fazer a batida enquanto marca ela com o pé.

       Terminei de Comer e Mostrei pra ele.

       Mas na verdade eu nem marco o ritmo, simplesmente faço ele. Por isso sou tão ruim de ritmos, as vezes passo o ritmo, mas bater o pé só me atrapalha, só fazia isso durante as poucas aulas que tive, que eram para aprender a bater o pé, só que eu não consegui, enfim isso nem atrapalhou tanto no desenvolvimento.

       Ele saiu dali e falou que lá em cima (na sala) eu ensinava para ele. Mas o sinal nem tinha batido, nem entendi o-o . Aí ok, a garota da manta estava sentada perto de mim, e eu descobri a alguns dias que ela gosta de Mardy Bum do Arctic Monkeys, e como já estava aprendendo toquei pra ela, e ela está começando a tocar violão, talvez queira aprender esse tipo de música ao invés dos "clássicos" que passa-se na aula. Enfim, nem toquei inteira porque me esqueci da letra, mas deu para mostrar e ela perceber, vou tentar ensinar depois.

       O Sinal do recreio bateu, hora de subir... Aula de física, nem lembro o que fiz na verdade, passou rápido ou sei lá, teve um debate sobre os protestos da Marcha da Maconha que teve em São Paulo, todo mundo chamando os manifestantes de maconheiro e deliquente, defendendo a polícia até de certa forma, tive que falar algo, novamente sou o maconheiro da sala... só sei que combinaram que iríamos cantar e gravar a sala fazendo performance da música A Oração... Porém iriam fazer isso por cima da música, ou seja, colocar a música, dar play e cantar junto... mas pensei: Que coisa chata, assim não tem graça, isso eu faço em casa. Peguei o iPod e pesquisei a cifra da música e deixei gravada, quando desse tempo iria tentar aprender a tocar... também pratiquei um pouco com a flauta pra ver se dava, e até dava.

       Aí entrou o professor de Filosofia, já estávamos em posição de prova (Filas Únicas e Separadas), mas ele anunciou que seria em dupla... Passou as questões no quadro e copiei. Eram questões fáceis e que só precisavam de raciocínio e copiar da apostila (PROVA EM DUPLA COM CONSULTA = Heaven). Sentei-me perto do professor, afinal sempre podia trocar ideias ou ouvir ele ajudando as outras pessoas (e assim ajuda a saber a resposta), coincidentemente era perto do QCTO, então ele sozinho e eu sozinho, ele me pergunta se pode se sentar, não pergunta na verdade, apenas olha pra mim, mexe a boca sem sons e aponta para a cadeira, presumi que queria fazer dupla, falo: Ok, Vem ae. Tiro as mochilas de cima e ele se senta.

       Fazendo a prova, copiando da apostila, pensando em exemplos para as explicações, o QCTO fazendo todo o trabalho de escrita, eu de pensamento, foi ótimo, nem me cansei. Pude discutir com o professor sobre a educação enquanto o QCTO copiava, perguntei se os movimentos de greve eram organizados, quem eram os líderes, se era possível contatar o sindicato e o que ele achava de fazer disso uma matéria para o Jornal (Ele faz parte da coordenação do jornal).

       Bate o sinal, ele sai... mas a gente ainda não havia terminado, não deu tempo... ele deu 5 minutos, a gente fez em 5 e fui até a sala que ele estava e entreguei. Voltei, e o professor de Física já estava organizando o coral e tal, então me apressei em aprender a música, em menos de 1 min já estava tocando, nunca vi música mais fácil... Só tinha um violão, nem daria para escutar. Fui atrás de outro e achei, trouxe... Ensinei um amigo a tocar, tocamos e cantamos... Então o coral estava organizado, de forma que as vozes femininas e masculinas fizessem harmonia e houvesse frases suaves e frases definidas, bem planejado. Ensaiamos uma vez.

       Nossa que legal, era muito bonito. Não deve ter ficado muito bom, mas pela vibe, por ser ao vivo, por fazer parte disto, você se sentia espetacular. Então o roteiro era eu e o meu amigo no violão, tocávamos, só o professor cantava o começo então cantavam parte dos alunos reunidos em uma plataforma de cadeiras e carteiras, sentados, assim alguns cantavam enquantos outros ficavam em silêncio, como num coral. Foi bem demais, apesar da repetição, que já nem me incomoda tanto no vídeo, não me incomodou nem um pouco ali, pelo contrário, cada vez que repetia era melhor.

       Então fizemos de novo, gravamos... E okay, ficou normal, mas foi muito bom a sensação. Tive que combinar com todos para fazermos novamente segunda, desta vez com uma câmera melhor e mais instrumentos, acho que vamos, ou sei la, é difícil, não vamos ter aula livre, mas o professor se dispôs, vamos ver se dá. Seria ótimo! Me despeço, até o QCTO me dá tchau.

       Cheguei em casa feliz e cansado. Fui para o computador, meu pai perguntou se podia começar o trabalho para ele (Vou começar a trabalhar para ele), ele me explicou, não concordei, pensei que seria outra coisa, mas ok, será bom para todos. Então fui para o computador, aonde deveria começar, mandei umas DMs e fui dormir. Acordei para almoçar, almocei, li umas DMs e mandei outras, me deitei novamente, fiquei escutando música por bastante tempo e enfim dormi ao som de Milton Nascimento. Acordei as 17:30, mas estava num estado de latência, aonde algumas coisas que aconteceram nos sonhos pareciam realidade, esses sonhos me confundiram. Neles, o meu Fórum da Educação tinha 47 usuários (Na verdade só tem 12) e estava cheio de novos tópicos e posts, estava feliz, mas duvidando se era verdade. Além disso, durante a aula descobri que várias pessoas já tinham visto um filme que eu vi ante-ontem, aliás, um ótimo filme, bem leve e legal. Peter e Vandy, é romântico, realista e sensível, muito bom. Mas a verdade é que nunca iriam gostar ou se lembrar disso.

       Então fui trabalhar, mandei mais DMs, fiquei fazendo o que deveria só que sem resultados, enfim consigo algo... Vou jantar, vejo Big Bang Theory, MUITO ENGRAÇADO!!! Depois volto para o trabalho, começo a escrever esse texto, mando DMs, alguém entra no MSN, nem poderia falar mas fiquei querendo que realmente me chamasse, nada. Termino o trabalho, continuo escutando música (Banda Vanguart e o Álbum Revolver - Beatles), mas apenas escutando e apreciando, então volto para o texto e agora acabei de terminar o texto, já está meio tarde, boa noite.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Privacidade estimula a Socialização

       É algo que não gosto nessa época atual! Todos podem saber sobre todos facilmente, alguns botões, troca de mensagens e etc, é muito fácil "descobrir" pessoas, e "saber" quem elas são. As vezes até fazem algoritmos de "compatibilidade" só pra dizer, ESSA AÍ, TUDO A VER CONTIGO (Y)... // ?? COMO ASSIM SR. REDE SOCIAL??? COMO VOCÊ FAZ ISSO?

       Pois é, ninguém faz essas perguntas, até porque se sabe a resposta, e é mais cômodo simplesmente tomar tais conceitos como verdade, e se expor demais, se expor de menos. Mas no final você se expõe, alguém pode saber o seu gosto musical sem nunca ter perguntado, aliás porque se essas pessoas querem tanto saber sobre outras pessoas POR QUE ELAS NÃO PERGUNTAM??? TIPO: Ei, o que você curte? Filme, Música, Arte?? // E NÃO DIGO PRA FAZER ISSO ATRAVÉS DE OUTRA REDE SOCIAL (VULGO FORMSPRING)!

       Sério, qual o problema de vocês, qual o problema de conversarem tipo 1x1 e não 1xquemquiserler ou 1xPessoalAdd. Porque assim vocês não estão se "socializando", essas redes sociais só representam a substituição da socialização por este comportamento frio e calculista, literalmente. É tão bom conversar individualmente, mesmo que por MSN/Skype, mas individualmente. E encontros tipo vida real, esses sim são legais, bem mais legais que conferências, ou tipo vamos tc esta noite?

       As fotos, quero ver fotos suas, as fotos. Aff, pra que fotos, fotos pra tudo. FOTOS SÃO LEGAIS! Mas o que vocês fazem é banalizá-las e entregar pra quem quiser ver, e no final você colocou elas na internet, não sai mais... um pouco de exposição exagerada né... Compartilhar fotos em álbuns virtuais abertos, semi-abertos (Porque esses chamados "fechados" nem são tão fechados assim...), eu prefiro mandar fotos, ou compartilhar várias, e não é questão só de gosto, é que querendo ou não é mais seguro, é mais realista, é mais legal, eu mando as fotos que eu quiser ou a pessoa pedir, mas tem que ser uma pessoa e não um contato add, eu sei que por trás dele existem pessoas mas não é a mesma coisa.

       Por mim os relacionamentos e a socialização voltavam para os anos 70, não que a internet precise desaparecer... PELO CONTRÁRIO! BE THERE! É a melhor coisa da nossa época, mas nela tem essa parada, que é uma das piores coisas da nossa época, e vem crescendo e piorando.

       As pessoas mais legais que eu conheço, conheci pela internet... mas não foi assim dessa forma idiota, ao menos...

Composição

Queria tentar uma tarde dessas, de verdade... com alguém, ninguém se empenha, ninguém se propõe. Seria muito legal só o processo, imagine se saíssem resultados bons, mas vale só pelo processo mesmo, resultados bons, never.

domingo, 29 de maio de 2011

Preguiça pra Viver

       O sério, que preguiça. Não quero morrer, mas também nem to muito afim de viver. Tipo, nem dormindo se tem sossego direito, aqueles sonhos com suspense, paranóia e perigos, bem que podiam me dar um mar de tranquilidade hein. Sei lá, só queria ficar neutro, totalmente neutro, por um tempinho... mas nem dá.

       Daqui a pouco já me empenho, mas não é porque as coisas melhoraram, é só porque a preguiça passou.

She Said She Said - Beatles - Revolver



She said "I know what it's like to be dead.
I know what it is to be sad"
And she's making me feel like I've never been born.

I said "Who put all those things in your head?
Things that make me feel that I'm mad
And you're making me feel like I've never been born."

She said "you don't understand what I said"
I said "No, no, no, you're wrong"
When I was a boy everything was right
Everything was right

I said "Even though you know what you know
I know that I'm ready to leave
'Cause you're making me feel like I've never been born."

She said "you don't understand what I said"
I said "No, no, no, you're wrong"
When I was a boy everything was right
Everything was right

I said "Even though you know what you know
I know that I'm ready to leave
'Cause you're making me feel like I've never been born."

She said , she said "I know what it's like to be dead"
("I know what it's like to be dead")

I know what it is to be sad...

ESCUTEM ESSE ÁLBUM - REVOLVER DOS BEATLES, Não vão se arrepender!!! "Love you to"

Reputação

Com uma reputação a desprezar...

Ei, não é sobre você.

Nos últimos textos, é simplesmente generalizando, não tem nada a ver com você, caso se preocupe com isso.

Felicidade Solitária

        É estranho, é ruim até. Ficar feliz e não poder compartilhar no momento, a euforia tem que ficar conservada dentro de você. Na verdade esse é o ruim da solidão, ter que conservar os sentimentos dentro de você. Mesmo sentimentos bons devem ser compartilhados, imagine os ruins. Coitado daqueles que pelo costume já não se afetam mais, coitados... Acho que nunca vou poder ser um deles, não vou me acostumar... mas seria mais fácil.

Avaliar resultados com base nos esforços?

        As vezes umas boas pinceladas valem mais do que 1 ano de trabalho, fazer o que... a verdade é que não se avalia os resultados com base nos esforços empregados, porque isso não é base de nada, o resultado é fruto e pronto. Se o cara não se esforça para fazer algo de bom então ele é foda, parabéns para ele! Agora se alguém se esforça pra caramba e não sai nada de bom, coitado mesmo, espero que ao menos se divirta no processo, lento.

        Mas é isso, as vezes algumas pessoas tem uma facilidade imensa para fazer coisas boas em algumas áreas. Enquanto outras através de muito esforço e empenho talvez também consigam. Mas quem deve ser mais reconhecido? Sei lá... foquemos nos resultados, no que sobra disso. Não complique.

Algum lugar entre

Tudo que existe, tudo que não existe. Neutro, inócuo, solto e preso.

O Pseudo Guy

        Pseudo-Músico, Pseudo-Intelectual, Pseudo-Político, Pseudo-Poeta, Pseudo-Escritor, Pseudo-Legal, Pseudo-Mochileiro, Pseudo-Rebelde, Pseudo-Altruísta, Pseudo-Piadista, Pseudo-Estudante, Pseudo-Amigo.

        Sou o Pseudo Guy, prazer...

        Acho que é arrogância demais dizer que sou pseudo-essas coisas.

Lembranças, lembrar, lembrado

        Quantas músicas sobre isso. Mas é verdade, a questão de se lembrar é muito importante para qualquer pessoa. Seja por querer se sentir bem em um momento ruim, seja por querer curar um pouco da ansiedade, seja por meramente avaliar um tempo que já passou e não volta mais, seja por ver novamente aquilo que não verá mais.

        Porque o tempo passa, as preocupações passam, as sensações passam, os sentimentos passam, as pessoas passam, as lembranças ficam.

Evolução Diária-Mensal

        O mês chega ao fim, que mês enorme. Quantas coisas pude fazer! Quantas coisas não pude fazer! E agora ele acaba, mas nada acabou na verdade, é só uma data. E agora, como será o próximo mês? Pra que prever algo se esse futuro é mais incerto do que o normal, mas eu prevejo boas coisas, ótimas.

        O que é estranho e interessante é poder ver a evolução, o que acontece ou acontecia cada dia dele, expressado aqui, por isso gosto tanto daqui. E assim é bom, saber o que estava acontecendo e o resultado as vezes de todo um processo.

        É, mas é, primeiro mês que eu realmente sinto terminar em minha vida toda.

Confiar nas Palavras

        É melhor, não é? Pois mesmo que as ações e as outras coisas indiquem o contrário, se alguém diz algo, mesmo que esteja mentindo, deve ter um motivo. Nem que seja por pena, por medo ou por se importar, a pessoa que mente sabe porque está fazendo isso. E talvez seja melhor deixar assim mesmo, uma faceta da realidade maquiada por se confiar nas palavras.

        Aliás... confiança é algo bem incerto. Confiança é fruto da dúvida, pois confiar é quando você escolhe um lado da verdade, sendo que poderia ter escolhido o outro. Você pode confiar em muitas coisas, assim como pode desconfiar de tudo, até de seus olhos. Mas confiança traz segurança e talvez decepções.

        Então, eu não me importo, não me sinto seguro com essa confiança, mas vou confiar, fazer o que. Apesar de que preferia a verdade. Porém e se a verdade for exatamente isso, então fui um idiota paranóico desconfiado, mas tenho meus motivos, pequenos, mas geram um sentimento pequeno de dúvida, e eu infelizmente gosto da dúvida.

        Sinto que vou me decepcionar, mas já estou tão acostumado e preparado para este evento que é como se já tivesse acontecido, talvez seja uma das únicas vezes que fui pessimista, talvez tenha sido útil, ou não.

sábado, 28 de maio de 2011

Dia 27/05

        Pois é, além do fato da conversa estranha hoje no final da aula, nada de mais na escola. Fiz prova de português, creio que fui bem. Volto pra casa, sexta-feira sem nada pra fazer, nada combinado. Vou sair, vou pra Floripa ver um filme, vejo a programação, escolho "Agentes do Destino", tenho até as 16:30, já são 14:30.

        Saio de casa com a minha mochila carregada levemente de poucos acessórios e uns livros, camisa flanela xadrez bem quentinha e um violão. No caminho para a rodoviária me deparo com um protesto de professores em favor da educação, alguns cartazes (não muitos), uma concentração de cerca de 30 pessoas, altos-falantes e um microfone. Estava de passagem, deu vontade de ficar, mas na verdade eu não estava no empenho, se ao menos tivesse avisado antes e eu não estivesse indo ver um filme, teria ficado de certeza. "Professor na rua, Governo a culpa é sua!"

        Chego lá na rodoviária, no balcão da catarinense e só teria um ônibus as 3:25 (sendo que sempre atrasa uns minutos) logo seria inviável ver o filme das 16:30 (a próxima sessão era muito tarde), felizmente na hora chega um ônibus da Reunidas e assim os planos se mantém em pé. Ao menos ainda eram cerca de 15:00, daria tempo.

        E como sempre faço, me desligo, ou melhor, me ligo em coisas diversas durante a viagem... estava muito pensante para ler um livro, que é o que costumo fazer nas idas de ônibus, quando ainda está claro. Mas ficava imaginando o protesto, se eu não deveria ter ficado, e fiquei imaginando discursos, frases de efeito, ações e etc... e me sentia mal por ter sido egoísta e hipócrita e deixar de fazer aquilo que sempre prego e defendo, mas me acalmava lembrando que mesmo assim, ninguém me convidou, eu não faria nada de mais, seria só uma pessoa e a verdade é que praticamente o protesto todo era formado de professores, e eu um aluno de escola privada protestando por justiça aos professores de escolas públicas, eu realmente os defendo e concordo com eles, mas não seria um bom exemplo. Enfim, só sei que no final me acalmei e prometi que da próxima vez vou tentar me informar e talvez realmente participar do protesto, afinal estava eu lá com um violão e camisa casual, nada pronto para protestar... queria levar pessoas e cartazes, um discurso pronto, informações e etc, realmente ter me preparado, fica para a próxima.

        Mas deixando esta questão de lado, que ocupou meus pensamentos praticamente toda a viagem, a paisagem estava linda, adoro essas montanhas e colinas, as pedras e o mar, enfim o sol estava bem amarelo, o que dava um toque especial. E o tempo fluía de uma forma muito diferente, acho que era uma mistura de solidão, ansiedade e o que acontecia. O tempo passava rápido, e só voltava ao normal quando pensava: Como ta indo rápido! E assim eu só me lembro realmente do tempo quando eu me lembrava que o tempo estava indo rápido demais, portanto ficaram tipo lapsos na minha memória, como se tudo estivesse avançando 10x e de repente voltasse a 1x e volta para 10x e 1x e 10x... Mas o filme todo em 1x, que filme legal cara, indico pra caramba.

        Na volta, rotina até o caminho na rodoviária, aliás tive que esperar por 1h lá até o próximo onibus e por isso fiquei no skype falando com uma amiga, teorias conspiratórias e assim todos a minha volta pensam que sou um cara estranho, mas fodam-se quem mandou me julgarem. Então quando o ônibus chega eu entro e começo a ler meu livro, ele vai indo e bem em cima da ponte começa a dar um problema na marcha, ele não conseguia trocar, então devargazinho (40km/h) passamos pela ponte e fomos até o depósito de ônibus da catarinense, aonde depois de 15 min trouxeram um outro onibus e todos foram para ele... a viagem seguiu e o motorista foi dirigindo, mas ele era meio lentinho '-'

        Cheguei em casa, querendo conversar no msn, ninguém lá, tive que esperar 2 horas e finalmente uma conversa, meio vazia mas como sempre boa.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sonho Adolescente Rebelde à Venda

Inauguro o primeiro texto muito podre (acima do normal) e chulo do blog. Se você não quer perder tempo, pule para o próximo

        Toda hora querem me vender isso. A TV, meus amigos, minhas amigas, sociedade em geral, até eu mesmo quero me vender isso as vezes, é tentador, é.

Descrição do produto:

        PRA QUE ESCOLA!?!

        Nossa, afinal é realmente difícil de entender... com tantas coisas boas para se fazer, tantas festas, bebidas, cigarros e tudo mais. Pra que isso? Ah mas já me acostumei, sei que vou entender e vai ser útil mais tarde. Por agora é só uma responsabilidade idiota que me obrigam a praticar, e ainda tenho que ir bem, estudar e assim manter algum nível de paz para poder fazer o que quero, pois afinal é tudo uma questão de controle. Sou controlado, digo isso mesmo sendo livre para fazer muita coisa, pois no final devo contas pra pessoas (pais), elas querem me proteger de mim mesmo, que ironia. E no final esses joguetes, seja em casa, na escola... para obter popularidade e ser alguém com "moral", é apenas para resumir seus amigos em acessórios e a garotas que pego em objetos, uso ambos em benefício próprio, mas bom.. os amigos são mais importantes, são mais estáveis e duráveis, eles prestam mais.

        As vezes esses ataques, seja por hormônios ou sei lá o que, afinal eu nunca vi esses tal de "hormônios", eu sou assim porque quero e pronto, vocês que se fodam com seus argumentos hipócritas e arrogantes, como se soubessem algo a mais ou realmente tivessem o que me ensinar, fodam-se todos e os problemas que vocês criam para cima de mim, sai fora. Eu só quero ser feliz nesse mundo fechado e simplificado, é bem simples... daria até para equacionar se eu fosse bom em matemática.

        Falando em matemática... eu tinha uma prova amanhã, mas quer saber, vou sair pra beber, flw.

        Custo: Opinião Própria e o Tempo da Melhor Época da Vida

        Decisão:

        Pra que desperdiçar a minha opinião, os meus pensamentos, e principalmente tempo, tempo precioso... porque querendo ou não essa é a melhor época da vida, desculpe a mim mesmo daqui a 10 anos, mas você está fodido, pois o eu de agora está vivendo realmente a melhor época, não importa o quão feliz você (eu) esteja aí no futuro, agora é a melhor época, afinal que época tem os seguintes fatores?

        Inexperiência, liberdade, curiosidade, tempo-livre, descobertas, personalidade mutante!

        Pois é, isso vai durar ainda... vários anos.

        Mas pqp eu tenho 16 anos já, na verdade vou ter já já. Que merda hein! DEMOROU muito, demorou pra acordar, e só acordo cada vez mais, é como se eu estivesse acordando dentro de sonhos e quando será que finalmente vou acordar de verdade? Será que só estou vivendo outro sonho agora? E o que tenho comigo, não tenho quase nada, não fiz quase nada até agora, nada que acrescente algo de bom para o presente, fui bem na escola até agora, parabéns pra mim... trocava isso por algumas habilidades e experiências, mas ok, ficar querendo mudar o passado é besteira, perda de tempo.

        Focando agora, como posso arranjar isso, não quero comprar esse sonho adolescente rebelde, ele parece tão vazio e esdrúxulo, como a maioria das pessoas consegue viver ele ou adaptações dele??? Tenho inveja destas pessoas, é tão estranho... eu tenho inveja de coisas que não consigo fazer porque não gosto ou não concordo, mas tudo isso é porque na verdade e no final eu queria gostar e queria concordar, mas simplesmente não o faço, não é escolha minha.

        Sonho = modo de vida ideal a perseguir. Este sonho simplifica tanto, diminuí tanto o mundo, diminuí tudo. Não que eu não goste de diminuir e simplificar, mas o problema é o que isso contém além de nada? Eu prefiro diminuir e simplificar o mundo colocando apenas o que gosto realmente. Mas seria hipocrisia comprar esse mundo pronto, as soluções e problemas prontos, os anseios e receios prontos... e no final não querer nada disso, duvidar e mudar... como todo mundo faz no final, mas depois que esta fase passa e ela sempre passa.

        Ó que texto podre, só eu realmente sentirei prazer em ler tais linhas, por que será posto isso num blog afinal, acho que sou o único leitor assíduo do blog, ou melhor, o único LEITOR do blog. Não quero desmerecer aqueles que também lêem, mas vocês mesmos sabem que estes textos, poesias e frases são só palavras misturadas, a real é que só eu recebo o benefício do blog.

        EU NÃO FIZ NADA ATÉ AGORA!!! O que eu tenho de bom? Não em material, digo em feitos, em habilidades, tudo que eu fiz só deixa feliz aos meus pais, que merda. Vamos mudar isso, fazer algo que deixe feliz a mim, a outras pessoas... ter habilidades que sirvam para deixar feliz a mim, a outras pessoas... outras pessoas, vulgo pessoas que eu gosto.

        Não que este sonho seja ruim, talvez aproveitar a vida dessa forma fútil, vulgar e ordinária seja bom, mas como disse... não consigo, é idiota. Concordo com algumas coisas, somos rebeldes, não tem como não ser. Somos anarquistas, queremos ser anarquistas, queremos que o anarquismo reine, queremos reinar. Entorpecer parece legal, as pessoas se entorpecem, mas tá...

        Tempo passa, e passa mesmo... mas passa sempre na mesma velocidade, como um relógio (hahaha que engraçado -.- ), só o que muda é a percepção e ela raramente ajuda! E agora fico eu aqui, usando ele apenas para aliviar as dúvidas e tensões, sem resolvê-las afinal. Como posso resolvê-las? Rá, adotando um modo de vida definido, aonde eu saiba o que fazer e não simplesmente atire para todo lado sem saber o alvo, só estou gastando minha munição, munição que é finita e agora é realmente a melhor munição que vou ter em toda a minha carreira de atirador, por isso eu devia usá-la com mais sabedoria, mas lembrando bem... estou na época da ausência da sabedoria, do nascimento da razão, aonde sou um ser pseudo-racional, porque olhe bem, do que adianta poder raciocinar se não tenho dados suficientes para obter opiniões racionais e agir racionalmente. Resume-se a impulsos, instintos e coisas idiotas. Resume-se. E depois acaba e passa, e sempre um dia as pessoas param e falam que poderia ter sido diferente, se não fossem tão idiotas. Sorte de quem nunca o faz, e que da adolescência só leva boas lembranças ou então compreende os atos e percebe que é assim mesmo e fica feliz por ter sido assim

        Inveja, quero ser assim, ainda posso ser assim.

        Decisão Final: Vai vender esse sonho para outro otário.

Céu Azul da Technicolor

Desbotado, mas um azul bem aplicado
Forte demais, não expressa a real calma
Que o céu transmite, por isso prefiro ao vivo

Esse filtro de Technicolor tira a graça
Mas mesmo assim na comodidade de casa
Vejo o que quiser colorido nos anos 70

Aonde não posso estar, aquilo que não posso ver
É bem útil, mas não é bom realmente
Por isso prefiro ver ao vivo

O Lança-Mísseis

Sempre consigo ver quem apertou o gatilho
Mas só percebo realmente quando ele chega
Explode em cima de mim no meio do caminho
Propulsão inflamável que me persegue e pega

E mesmo que o soldado não queira, ele sabe
Porque quando aquele míssil chegar, já era
Das reações que poderia ter nada mais cabe
Talvez a pior parte seja exatamente a espera

Então a explosão de faíscas cintilantes
Cegam e destroem tudo em minha volta
Todas as aspirações, previsões decentes

Tornam-se enfim inviáveis
Não é sua culpa soldado
Muito menos do lança-mísseis

A Certain Romance

        As vezes pessoas legais gostam de pessoas nem tão legais, isso do ponto de vista de um terceiro é claro... Mas antes de julgar e ser preconceituoso como sempre, é bom esclarecer que é apenas uma reflexão, um pequeno estudo... porque acontece, e é bom saber o por quê ou simplesmente umas previsões para exercitar a capacidade.

        E começa assim do nada, porque é quase um nada... é simplesmente um encontro, que talvez não tenha sido marcado. Não houve amizade antes, e a amizade atual é bastante limitada, é mais uma relação baseada nas convenções sociais dos namorados, os seus cineminhas, caminhadas na praia, encontro com amigos, saídas, boates e restaurantes, tudo isso é bom sim, além das outras questões óbvias que não precisam ser citadas. Mas é meio vazio acho eu, tudo isso é legal, poder ter alguém para fazer, mas ter um alguém que seja um ninguém, é meio que, usar. Talvez do nada cresça um sentimento, e sabe-se onde isso para, pois raramente da certo, e então é só decepções em algo que foi planejado para ser só diversão.

        Porque a base dessas relações é a diversão, é a felicidade passageira e momentânea. Não que a maioria das coisas também não o sejam, mas percebe-se que é apenas isso, ou principalmente isso. É isso por isso... pois em outras ocasiões a diversão e felicidade vêm como consequência e não como ação, além disso o vazio e a falta de paz, que muitas vezes nem chega a incomodar, mas está lá e podia ter sido preenchida, e mesmo que não incomode e não se sinta o alívio, ao menos é bom.

        Mas é isso, não conheço essas coisas e pessoas, nem preciso. Talvez eu faça a mesma coisa. Talvez seja o melhor a fazer, passar um bom tempo e feliz tempo. Mas é só tempo no final, ele passa e não importa o que se faça... por isso talvez aproveitar desta maneira seja até sensato e inteligente, e então não ter que se preocupar com outras coisas idiotas ou até ficar fazendo essas reflexões estúpidas.

Escrito ao som de A Certain Romance - The Artic Monkeys



Não tenho dificuldades em não falar com as pessoas que não querem falar comigo

      Mas nunca avisa-se na hora certa... Eu não sou bom com indiretas, então pode dizer, melhor assim do que ficar fingindo, certo? Eu prefiro ao menos, no final fica mais verdadeiro, mesmo que pior. Então se não quer, só dizer...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Só me importo com o que eu gosto

Simples assim.

Paranóia com as Opiniões Alheias

         As vezes bate uma profunda paranóia em relação a opinião dos outros. Caio em devaneio imaginando ações, palavras que fiz ou deixei de fazer e que podem ter levado a mal-interpretações. E então tento relacionar as reações reais com as possíveis reações de uma mal-interpretação. E ELAS BATEM! SOCORRO, FUI MAL INTERPRETADO!!!! Ah, mas será? Nunca poderei ter certeza, e se perguntar, posso então findar de vez a mal-interpretação. Como dizem... nunca confie em pessoas que pedem confiança. Traduzo isso para: Nunca interprete pessoas que pedem por interpretação.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Oração - A Banda mais Bonita da Cidade - Thinking


        Pois é, virou a sensação. Eu, como a maioria, descobri recentemente... um pouco antes dos meus amigos, mas isso não muda nada. Agora passou até na TV e sinto que devo escrever sobre isso. Enfim, só queria dizer que é muito criativo!

        Muito mesmo, fico feliz demais! É um vídeo feliz demais, é um vídeo que semeia e espalha felicidade nas pessoas que assistem, pessoas que precisam ter um mínimo de humanidade para captar a felicidade que ele passa. Pois por mais que a música seja "simples", a letra repetitiva e as pessoas "feias" e meio "desafinadas" como alguns dizem. O vídeo mesmo assim transmite a mensagem que queria, a mensagem de amor e felicidade. E todas aquelas pessoas que aparecem e realmente emanam felicidade, é algo que tá na cara! Literalmente...

        Tenham um mínimo de compreensão e humildade, não critiquem por criticar... façam melhor. E mesmo que vocês possam fazer melhor, não desmereçam o empenho e a ideia destas pessoas.

        Todos vocês trolls... sejam felizes.

Crônicas na Colina - Capítulo 1: Gramíneas Elevadas

        Os passos suaves mesmo em terreno acidentado sempre fazem do andar minha forma preferida de locomoção, por isso apesar de ter de percorrer grandes distâncias entre minha humilde casa até o canto verde da cidade - aliás uma das poucas cidades que contavam com um parque isolado fazendo dele quase um meio rural, eu me contentava de caminhar aqueles quilômetros. Antes de absorver o costume da andança, houve a descoberta do lugar que me atrairia.

        Nos limites da área urbana encontrava-se uma bela entrada para o Parque-Reserva Municipal, um misto de bosque, parque e área de preservação. O clima ameno como sempre, possibilitava uma grande variedade de árvores de todos os tipos, algumas rastejando, outras levantavam-se imponentes por vários metros, terminando em uma linda copa que floria-se toda primavera, colorindo ao longe todo o gradiente verde que era a paisagem.

        Estava já há algum tempo naquela cidade, mas todos esses anos foram muito despercebidos, e todo o descaso com os prazeres de um lazer me fizeram ignorar aquele parque por muito tempo. Eu sempre tinha que fazer algo, não era necessariamente importante, até porque importância é relativa para os valores da época e circunstância, por isso na verdade, vendo pela perspectiva atual nada que eu fazia era importante, foram apenas desperdícios consecutivos de ações e atividades que se resumem no tempo.

        Mas finalmente certa tarde, enquanto eu ainda estava me conscientizando para a variação da estagnada rotina, peguei um ônibus diferente. Toda quarta feira tinha aulas de arte no centro de convenções municipal, provavelmente a única coisa em minha rotina da época que não causa arrependimento,  ficando do outro lado da cidade, era uma longa viagem. Muitas linhas passavam por ali, era como um centro da cidade, mas não ficando no centro. Logo ao lado era uma área industrial, não sei ao certo o que se fazia lá, não pareciam tão poluentes assim, fumaça branca e alguns caminhões carregando resíduos tóxicos. Ninguém que tivesse opção moraria naquela área com certeza, apesar disso não sei o que levou a prefeitura a construir um centro de convenções ali, diria que foi de certa maneira inteligente, afinal promoveu um "boom" no comércio local, o que levou à uma melhora na qualidade de vida daquele povo esquecido mas muito carismático que sempre que podia me convidava para jogar futebol nos terrenos baldios da região, era simples e divertido.

        Na espera do ônibus no ponto, já estava acostumado a esperá-lo por cerca de 15 minutos no máximo, porém neste dia estava demorando um pouco mais, talvez exatamente porque as aulas foram encerradas antes do tempo normal, haveria uma feira de cosméticos naquele dia e toda a preparação atrapalhava a concentração necessária para se traçar linhas, afinar violões, colorir quadros, cantar em coral ou escrever boas estórias. Então finalmente ele chega, mas só depois de entrar percebi que o destino era na verdade o nobre Bairro das Gramíneas, ao menos felizmente parava em um terminal que possuía uma linha direta para minha casa, o que me acalmou perante este erro perfeitamente compreensível.

        O trajeto se passava rapidamente ao olhar pela pálida janela que apesar de descolorir tudo que cruzava, continuava me trazendo a magnifica visão daquelas ruas e avenidas cheias de árvores, realmente um belo projeto de arborização foi implementado ali. Não me contive e tendo uma dupla de horas de sobra resolvi descer bem no centro do bairro, todas aquelas casas, grandes e arquitetadas com uma beleza grega, os monumentos e estátuas de pedra me fizeram querer explorar mais aquele local.

        Não andava com muito dinheiro, apenas o essencial para o ônibus e um barato lanche da tarde, a minha reserva que era para caso precisasse de um táxi ou transporte extra viria a calhar neste dia, afinal teria que pagar por mais uma passagem de ônibus e quem sabe para entrar em algum lugar, afinal parecia um lugar aonde tudo precisava de dinheiro, muitos pedágios, parquímetros, estacionamentos privados, ali tudo era privado e pago, mas mesmo assim parecia maravilhoso e muito atrativo.

        A avenida principal expressa um forte e diverso comércio, mas mesmo assim eu não me interessava por nenhuma destas vitrines, a maior beleza que podia encontrar era exatamente na calçada, essas árvores com troncos grossos e muitas ramificações sem perder o senso de resistência, e várias delas em fila ao longo da avenida, todas similares mas únicas o que dava um ótimo senso de homogeneidade heterogênea.

        Por sorte havia um mapa que indicava os principais pontos do bairro, cheio de propagandas, provavelmente era um mapa pago pois indicava a localização de muitas lojas insignificantes, mesmo assim me chamou a atenção no canto do mapa uma área lacunada em verde definida como Parque-Reserva Municipal, e apesar de ficar a varias quadras dali resolvi me dirigir a ele.

        Situado em algum tipo de depressão, pude ver, descendo a rua transversal, ao longe já aquele agrupamento enorme de mata nativa de certa forma organizada, estava feliz pois nunca havia visto nada similar e parecia um bom lugar para se ficar, quanto mais perto chegava percebia que era meio desabitado. Aquele patrimônio publico nos limites de toda a mais privada propriedade eram quase uma fuga daquela realidade individualista, e ali a natureza podia dividir com todos a sua beleza e seu mais agradável ambiente.

        A entrada era por uma viela de pedra onde um arco anunciava o "Parque-Reserva das Colinas", algumas informações em uma placa apenas para saber as espécies, extensão e características, nada que me importasse muito no momento; não havia visto ninguém até agora e mesmo o posto da policia ambiental estava vazio sem parecer, porém, abandonado. Receoso, adentrei nas trilhas que no começo eram bem definidas e firmes, com lajotas, e as árvores se encontravam de forma organizada o que me fez acreditar que provavelmente eram reflorestadas, algo para pesquisar mais tarde.

        Enquanto me distanciava da entrada, os bancos, lixeiros, placas informativas iam rareando e as trilhas começavam a se tornar mais estreitas e simples, até que chego na área de preservação e lá a trilha era um simples corte entre as árvores, uma terra batida ia guiando, nem pensava em me perder, estava seguro de que o mapa mental traçado era perfeitamente acessível e confiável.

        Uma placa levemente deteriorada apontava com uma seta para uma sutil subida, que pela inclinação nem necessitava de escadas ou corrimãos, até porque se precisasse não haveria uma seta, pensei eu. Mas a subida foi longa e finalmente atingi um clarão, onde as densas árvores se ausentavam por vários metros quadrados, criando um grande campo arredondado e verde-claro apenas de grama e capim, imaginei que haveria algum tipo de pastagem ali, mas nenhuma alma viva, animal ou humana, e o dia ia escurecendo o que era agravado pelas nuvens que sobrevoavam a região, bloqueando o sol.

        Tendo chego até aquele campo abobado, quis ir num topo, não muito íngreme mas relativamente alto, aonde a grama parecia mais verde e uns últimos raios de sol conseguiam traspassar a densa água vaporizada no céu. O chão estava relativamente seco, o que facilitou a subida; assim o ar, que com a subida um pouco mais acentuada, se mostrou indigno de esforço físico, estava muito seco e a garganta doía por líquido, estando longe de qualquer tipo de torneira ou lanchonete eu só podia lamentar.

        Mas a lamentação foi interrompida pelo término da escalada, o topo era meu e esperando ver grande parte da cidade dali de cima percebi que na verdade esta colina era voltada para o lado oposto, um misto de fazendas e pequenas florestas, era bonito, mas me confundiu e eu esperava me lembrar de como sair dali. A altitude ao menos me ajudou a ver uma colina um pouco longe, supostamente voltada para onde seria a cidade, pelas estimativas chegaria rapidamente no topo dela, cerca de 20 minutos, e eu realmente precisava. Mas sem trilhas para seguir resolvi ir direto ao ponto e em linha reta marchei pelas áreas aonde o capim era mais baixo e eu esperava não me encontrar com nenhum animal peçonhento, afinal seria uma morte angustiante na certa.

        Por fim, ao me aproximar do sopé daquele monte que era mais acentuado, verde, bem cuidado e apenas com pequenos arbustos e arvores esparsas e parecia até haver trilhas e bancos. Na verdade aquela era a colina que fazia parte do bosque, uma área que não era de mata nativa e ali ao menos havia um pouco de civilização, e realmente podia se ver uma boa parte daquele bairro, daria para ver mais se a colina não fosse situada numa depressão, o que anulava em parte a sua altitude, mesmo assim era uma sensação ótima e um lugar incrível para passar o tempo, alem de se mostrar de acesso muito mais fácil, o sol conseguia iluminar ali ainda, sendo um dos últimos lugares aonde ele se disponha a atingir, mas não por muito tempo, a noite chegava e eu tinha que sair dali rápido, não apenas por ser perigoso ficar num bosque a noite de quarta, mas também porque devia satisfações do que tinha feito e provavelmente seria inaceitável descrever esta pequena e potencialmente perigosa aventura. A trilha de descida que fiz caindo em alta velocidade, terminava logo na entrada, mas numa saída lateral que não havia visto, ao menos um sistema viário para me localizar sem ter que recorrer a pedras, arvores ou relevos.

        Um ponto de onibus ali perto, que ao que tudo indicava passaria pelo terminal perto de casa. Na espera, sozinho e pensativo, já imaginei como seria a próxima oportunidade  de estar lá, o que fazer e como. Talvez ler um livro deitado naquela grama diferente que acolchoava o terreno e que ao descansar os olhos das letras impressas poderia apreciar a paisagem, o provável céu azul e as bonitas casas e ruas ao longe. Combinei comigo mesmo de ir lá novamente no dia seguinte, o ônibus chegou e como a viagem seria relativamente curta, eu me sentei e apenas me dispus a conversar comigo mesmo maneiras de fazer de tardes como essas uma rotina, finalmente uma rotina para considerar. Cheguei a várias conclusões filosóficas em minha mente, varias frases de efeito, escrevi alguns livros na cabeça naqueles 20 minutos, mas foi tudo momentâneo e se perdeu ao descer do ônibus, quem dera ter escrito e poder ler agora linhas de pensamento eufóricas alegram qualquer um.

        Acordei no dia seguinte e estava chovendo, a colina teria de esperar mais 7 rotações terrestres, e no final só agora que tudo começa, mesmo o marco inicial tendo sido esse dia eu nem imaginava como acabaria, eu nem imaginava o que havia começado.

domingo, 22 de maio de 2011

Vila de apenas uma Casa no meio do Nada

Por uma semana, por um mês, por um ano, por uma vida. Algum tempo qualquer que fosse.

Instrumentos musicais, uma pessoa muito especial, uma casa aquecida, comida, uma TV, muitos filmes e livros. Isolamento dentro disso e só, só isso.

Traidor Infiltrado

Agente-duplo, traidor, infiltrado, espião, vira-casaca.

Como pôde fazer isso conosco, com a "causa", com o que defendíamos. Foi por dinheiro, poder, paz? Que paz é essa? Sem nada de bom... é só uma guerra sem mortes.

Bloqueado

       Interessante se fosse assim em todo lugar, simplesmente se passar invisível para as pessoas que lhe chateiam e lhe incomodam, talvez muitos não o fariam por simples educação, essas convenções sociais que vão contra a natureza humana. Outras por solidariedade, por uma questão de não deixar as pessoas sozinhas por serem quem são. Mudá-las, por quê? Ou melhor, como...

Predestinado ao Acaso

      É sempre assim, mas pelo menos agora eu tenho um lugar para desabafar isso de certa forma, só de ver escrito ja é algo bom.

      Porque toda vez que percebo uma melhora, vem um abalo e a desmorona, e depois volto para o estado nulo e neutro. Sempre vai ser assim, parece que sim, é o que acontece na maioria das vezes mesmo. Os altos e baixos, as melhoras seguidas de pioras, e nunca uma curva ascendente infinita. Ó, mas eu conheço a solução, ela não depende de mim, não depende de ninguém, é o simples acaso, a simples loteria.

sábado, 21 de maio de 2011

Um Fim

Terminou, acabou, encerrou

É um fim, mas não é o fim

Findou, concluiu, extinguiu

Um novo começo talvez

Morreu, esgotou, pereceu

Cabe a nós decidir agora

Continuar, Prosseguir, Persistir

Retomar

Eu precisava falar com alguém

Alguém que me entenda mais do que a maioria
Ou que seja ao menos compreensiva o bastante
Seja por palavras ou frases que cheguem até ela
Só sabendo que foram avaliadas em outra mente

E se as palavras forem ditas, como seria bom
Mas provavelmente só as verei escritas
Já basta ao menos, saber que a conversa foi
E se voltar de forma interessante, ótimo

Na conversa o assunto não importa
Seja de forma simples e direta
Poupando de complicações

Mas ninguém quer falar comigo
Nem é sobre isso, pode ser sobre nada
Eu só precisava falar com alguém

Me seguro para não ser chato

     Porque eu sou, muito.

Bateu uma saudade...

       Nesse sábado ensolarado, que vontade de estar lá... E naquela ansiedade de curto-prazo iria pegar um onibus, e por uma hora ver a paisagem colorida, pela luz e pela felicidade. Iria descer e esperar em algum lugar, talvez pedir um suco. E esperar, até a hora.

Bateu uma saudade...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Santos e Soldados (Filme)


Vou ter que dar uma de crítico de cinema, sei que não sou... mas olha, este filme, este filme é INCRÍVEL! Preciso compartilhar

Saints and Soldiers / Santos ou Soldados em português (Tradução errada, afinal "AND" é "E" e não "OU")


Sinopse: Cinco soldados americanos, combatentes na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, tentam voltar ao território aliado após sobreviverem ao histórico Massacre de Malmedy, no qual mais de noventa prisioneiros de guerra americanos foram executados. Filme baseado em fatos reais. (Esta sinopse é PÉSSIMA! Não é apenas isso não...)


É um filme de guerra sim, mas com uma visão humanista. Não mas ele não é chato, ele não é filosófico. Ele simplesmente soube mesclar ação, combate, sentimentos e filosofias. De uma maneira que tudo ganha mais sentido, todas as falas, todos os combates e a cada morte e a cada tiro, você realmente entende e sente.

Ele é diferente, ele realmente é muito diferente. No começo é parecido, com diálogos e ações clichê de filmes de guerra. Porém ao desenrolar da história, mensagens muito bonitas vão sendo transmitidas e querendo ou não é muito emocionante, se você realmente entender o que se passa e ver a profundidade da história, é muito emocionante.

Não sou crítico de cinema, mas a fotografia é extremamente boa, assim como a sonoplastia e os efeitos especiais. Os atores são muito bons, o roteiro é quase perfeito, a produção é ótima e bem histórica, a trilha sonora é original e envolvente, a direção foi realmente magnífica. Os combates são realistas, assim como as mortes. Mas como disse, não é uma questão de ser apenas realista, mas é um realismo sentimental incrível!

Voltando para minha opinião... Eu ao menos percebi que em certos pontos (Percebi uns 4) o nível de emoção era tanto, que no ápice ocorre uma catarse, quando você entende a mensagem.

Você pode ver o filme como outro clichê (que aliás é MUITO clichê) de guerra, ou realmente uma nova visão humana sobre a guerra. Este sim é um entretenimento (Pelos combates e história) com conteúdo (Pelas mensagens e visão). Absorva de mente aberta


Uma grande obra

No Começo da Tarde Livre

Tanto para se fazer, tanta disposição
Euforia por estar livre para fazer o que quiser
Mas o tempo passa
E a tarde, vira noite, e se eu não fizer nada
Vou dormir sem resultados
Para acordar atarefado

Medo do Inexistente

Que medo! Que medo! Não sei do que tenho medo, porque não existe, tenho medo do que falta, do inexistente.

Auto-Avaliação Crítica no Momento Cretino

Nada, tudo errado, nada
Incoerente, hipócrita
Complica ao descomplicar
Nada, tudo errado, nada

Dou ouvidos, mas isso não basta
Entendo o que diz, mas isso não basta
Tento fazer o que diz, mas isso não basta
Nada, tudo errado, nada

Estava com sono, acordei sem dormir
Vim para cá neste momento cretino
Simplesmente para dizer que só tenho feito
Nada, tudo errado, nada

E se dizem que o mundo vai acabar

Eu digo que nunca começou.

Não há começo, não há final, há momentos.

O "Eu Exterior"

      Este eu não me importa porém sou eu. Faz parte de mim, é uma triste história de mal-interpretações, desilusões e simples pré-concepções. Ainda me preocupo, infelizmente, com ele. Afinal ele é o que causa as relações entre as pessoas no mundo. Mas, ao menos uma vez, espero poder compartilhar meu eu interior e assim viver de uma relação verdadeiramente íntima e confiável. Da onde não há análises e julgamentos, mas sim compartilhamentos e disso vem tudo que se precisa.

      E das ações, estilos e palavras vem o eu exterior, e ele se apresenta para todos mas menos para mim. Porque se sou eu mesmo? Cadência das informações obtidas a partir das opniões alheias, talvez tentem formar e priorizar alguma forma do que seja este ser que faz parte de mim, que é efetivamente eu para os outros. Não lhes culpo. O eu exterior é tão simples e objetivo que poder avaliar e compreender pessoas a partir dele se torna muito mais conveniente e talvez agradável. Mas mesmo assim, esse eu é parte, é parte do verdadeiro eu, que também não é apenas o eu interior, mas uma mistura dos dois.

      E porque compreender as pessoas totalmente? Ou então pior, porque compreender as pessoas parcialmente?

Prefiro a incompreensão à compreensão parcial e errônea

Se pensas que esqueci

Se pensas que esqueci, torno a lembrar-te que não, ainda não.

Envolventes Grades

Só porque é grande e confortável
As grades não incomodarão
Mas agora me sinto exposto
E saber que sempre fui inimitável
Controlado e limitado, não?

E a ferrugem que minhas mãos raspam
Das grades de ferro que me prendem
Dentro deste cubículo que todos vivem
E eu querendo me libertar, choram
Todos aqueles que não conseguem ver

E aonde quer que eu vá, no horizonte grades
Para me lembrar que não posso simplesmente voar
Para abrir a fechadura não bastam apenas verdades
E eu sei que a chave está a meu alcance ainda
Alguém para me ajudar a contornar

Só queria a liberdade pois as grades me aflingem
E mesmo que não venha a usar o que talvez conquiste
Ficarei feliz e em paz, sem as grades para bloquear
As visões do horizonte que se tornam possibilidades
E o frio metal que costuma me aprisionar

Anseios de Curto-Prazo

     Só quero fazer o que quero, como quero e de uma forma que volte a querer no futuro. Querendo cada vez mais, num processo do meu querer, funcionando eficientemente para eu gostar. E enquanto o tempo passa eu fundo meu querer com minha ação e gero resultados bons para mim.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Galopes Possantes

Me trazes tudo que vem a compor meu ser
Mesmo sabendo que nunca poderei te domar
És possante e imbatível, não há como te deter
Tenho esperanças que um dia vou te entender
Das trilhas tortuosas que insistes em nos levar

Une-te ao espaço e defines a realidade
Levas para longe os ferimentos do acaso
Mas se perdes em meio a tanta futilidade
Insistindo em não inibir toda a vaidade
Desvalorizado a cada galope, a cada passo

Por isso quero te admirar, glorioso
Me fazes esquecer minhas conquistas
Porém voltas a tempo de lembranças
E mesmo que ignore, ainda me levas
Pelos caminhos que sua razão permite

Destruíste a eternidade com seus coices
Entretanto prega a liberdade da mudança
E com isso permeia nos seres esperança
Ou apenas indica para todos a decadência
Coisas que se destroem e morrem pela foice

É a solução de muitos problemas
Mas também a causa da maioria
Continue a galopar perene
Galopadas que me desvencilham
Cada vez mais...

Devaneio Enamorado

Discussões sutis
só para concordar no final
Abraços valiosos
que compram ternura
Atos românticos
deixam um ao outro em êxtase
Ser dois ou somos um
a unidade da dupla e a duplicidade da unidade
Sorrisos transformadores
melhoram o dia e a noite imensamente

Risada única
o som da felicidade
Expressão carente
apenas para aproximar
Carinho suave
profundamente acolhedor
Solidariedade intensa
compartilham tudo que puderem
multiplicam tudo de bom
dividem tudo de ruim

Ninguém se rende à solidão
Todo mundo se resume a dois

Única Pessoa

Eu só quero ver uma única pessoa
Aquela pessoa única
Que podia ser a única pessoa do mundo

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Indagação Recorrente de um Dia Incoerente

Várias horas reduzidas em alguns minutos
Na memória fraca e imperfeita
Para tentar relacionar os vultos
Passam por mim, anuncio com corneta

Mas se houvesse maneira para entender
Sem ter como voltar atrás e viver tudo
Novamente, para mais uma chance de ver
Talvez desta vez permanecer mudo

Aprender sem poder utilizar o conhecimento
Apenas porque a oportunidade já passou
E os erros lhe praticam o descontentamento

Sem a paz de poder saber
Ficaria mais difícil conviver
Com as indagações recorrentes

terça-feira, 17 de maio de 2011

Crônicas na Colina - Introdução

      Eu nunca havia imaginado que sequer fosse desmoronar um dia, tão sólida e tantas lembranças que vão permanecer por tanto tempo, me fazem acreditar que a colina verde e exuberante ainda esta lá. Uma bela ilusão para passar as noites de quarta feira calmo. Afinal ultimamente minhas responsabilidades estavam tomando tempo demais da minha vida, e todas as minhas aspirações de certa forma deslizaram junto com o barro vermelho.

      E toda a força que aquele monte emanava, não bastou para se sustentar perante um certo diluvio que coincidia com minhas lágrimas, eu aguentei, mas uma parte de mim se perdeu em meio a toda a água purificadora que saía dos meus olhos, que junto com essa colina foi-se perder no tempo. No processo de cura não ganhei nada, só deixei de perder.

      E por mais que seja doloroso lembrar de algo bom que acabou, é importante passar isto a limpo, e talvez um dia aonde a nostalgia seja maior do que a saudade, poderei obter boas sensações com as descrições. Desde a descoberta até as tardes de aprendizado moral por interpretação associativa ou as "primeiras vezes".

Crônicas na Colina - Apresentação

      Pequenas estórias que tentarão conter algum valor moral, alguma lição, alguma coisa, ou simples entretenimento por viver a vida de outra pessoa enquanto estiver lendo. A introdução e o capítulo 1 é mais descritivo.

Soberania Ingênua

Erro mesmo quando acerto
Mas isso não me impede
Não oculte o mérito
Que minha soberania procede

Minha soberania tem total direito de errar
Melhor assim, que acertarem por mim
É muito mais gratificante ela tentar
Do que receber tudo dos outros enfim

Esconda as armas que expõe
Não temo mais a manipulação
Independência total me compõe

E mesmo que não pareça
Toda ação realizada
É fruto do que quero

Me avisem, não quero escutar

Esta insanidade e loucura que sinalizam
Só demonstra a insegurança com o ideal
Que de forma muito hipócrita eles pregam
Recusa-se reconhecer o importantemente vital

Chega destes avisos teatrais
Contrariando tudo que acredito
Simplesmente por diferir demais
Daquilo que eles consideram certo

Vou aproveitar minha independência libertina
Para recusar e ignorar tudo que me avisem
Irei avaliar comigo, no final será mais uma mentira

Mesmo tendo que escutar estas cacofonias
Eu não quero e nem preciso entender
Me avisem, não vou perder minhas manias

Cabeça Pensante da Manhã Cambaleante

Mal me levantei para poder lembrar
Como o mundo é um lugar estranho de morar
Mas perfeito para pensar e refletir
Buscar soluções que não vou aplicar

Ciclando infinitamente por alguns minutos
Pensamentos, frases e diminutos
E um livro escrevo na mente
Se perde no próximo instante

Caio dentro do buraco negro
Mentalidade embriagada
Manhã cambaleante

Saio de casa
Para a rotina de mais um dia
Não vou usar muito a cabeça pensante

Denso Azul no Pequeno Lago de Grandes Peixes

Clara visibilidade tenta transpassar pela densidade
Que se esvaece perante forte luminosidade
Sem deixar prever tal espontaneidade
Redenção na pobre verdade

Mas neste pequeno e imundo lago
Quem poderia imaginá-lo
Cheio de grandes peixes sem espaço vago
Conservam-se abaixo da neblina de mago

E esses peixes que nadam livres e amontoados
Um faminto pescador se sentiria tentado
A transpassar a lança no animal desalmado

Do pré-julgamento de um pescador ético
De que o peixe é alimento benéfico
Todo direito sobre a vida como um médico

Existência Anônima

Todo meu espectro de ação e influência
Apenas desanima o fato da existência
Que apesar de ser livre, é limitada
Qualquer tempo a veracidade verificada

E de nada basta a idoneidade de minha alma
Mundo onde os valores se perdem sem calma
Indivíduos únicos se homogenizam na multidão
Na sua ignorante e insensata busca por atenção

Mas nesta atemporal louca inversão
Tudo que atingem é ausência de emoção
E um conhecimento sem base de razão

Violões, pincéis e uma obra-prima
Fornecem certa fuga mínima
Para esta existência anônima

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vãs Esperanças

As perspectivas distorcidas na realidade
Foram todas anuladas por uma verdade
Que incitou a revolta da emoção
E ela se destruiu pela falta de ilusão

Falta muita dúvida para poder acreditar
Mas mesmo assim ela não quer acabar
Que talvez um dia isso venha a acontecer
Mudando de estado para não deixar de ser

Agora é apenas vã
Mas mesmo assim existe
Não sei porque insiste

Me faz continuar sem razão
Nem me reservo à descobrir
O porquê dessas esperanças em vão

Compreensão amigável

Para entender todas as motivações
De todas as boas e más ações
E depois tentar aprender e ensinar
Com aquilo que a situação gerar

Entender a partir da tolerância
Que a diferença existe sem problemas
E que ela não é melhor ou pior
Mas uma conclusão alheia

Não há culpados
Mas apenas fatores
Que geram resultados ruins

E de toda a compreensão
Que pudesse existir no mundo
A amizade reinaria livre

Política sentimental

Envie-me suas boas ideias
Mas não sou eu quem as analisará
Porque não sou eu quem decido
Que sentimentos sentirei

E do embate do amor e do ódio
Da discórdia da angústia e alívio
A votação entre a felicidade e tristeza
Delimitando a paciência e ansiedade

Espero que decidam para meu melhor
E que não se corrompam simplesmente
Ainda não vi quem ganha sofrendo

Mas sempre será assim
De Altos e Baixos
Na política dos sentimentos

Coração Responsável

Você deveria saber
O quanto afeta
Desnorteia sem sentido
Sem consulta nenhuma

Sem aviso de perigo
Empurra para o penhasco
Em direção ao iceberg
E sendo navio ou carro

Me quebro e afundo
No frio e mar profundo
Sem esperanças

E depois me recupero
Dos erros que cometeu
Seja responsável, coração

Sonho Surreal

Eu já sabia que estava dormindo
Mas mesmo assim quis continuar
Porque essa realidade vem vindo
Tentando esmagar-me sem parar

Me perdi dentro do desconhecido
Achei algo que não existe
Adjetivos verbais que se anulam
Parei, continuei e forcei

Havia perdido a ciência de primeira
E nem estava mais sonhando
Simplesmente porque havia me esquecido

Então a realidade se inundou
De pensamentos surreais
Ficando finalmente mais compreensível

Meu pequeno mundo

Cheio dos acontecimentos internos
Alheio às tramas dos outros
Vazio da compreensão do universo
Fechado como em um pequeno mundo

Auto-suficiente mas insustentável
À deriva no universo, vagando
Colidindo ou fundindo com mundos
Mas sempre vou ter e saber do meu

Vistoso e brilhante para mim
Espero reconhecimento falso
Só para torná-lo importante

No final não posso me desvencilhar
E esse vai ser sempre meu mundo
Pequeno, grande ou seu

sábado, 14 de maio de 2011

Aonde está você?

Só porque queria te encontrar tanto
Acho que vi seu reflexo nas outras
Procurando por todo, qualquer canto
Tentei medir vários prós e contras

Mas no final você nunca existiu
Só de certa forma, não de verdade
E agora parece expressar realidade
Pode ser que meu sentimento fingiu

Como seriam seus olhos
Eu não te reconheceria de jeito nenhum
Só depois de muito tempo juntos

Percebi que quando acontecer
Talvez deixe morrer
Apenas porque me enganei antes

Momentâneo

Não é só porque não sou assim
Mas por ser um estado temporário
De um fato ou ação que aconteceu
E deixou um momento melhor agora

Talvez pela surpresa ou realização
Daquilo que eu queria mas não sabia
Mas no fim é bom de qualquer jeito
Só preciso aproveitar o momento

Momento deixando outro momento
Por que o ser pode estar
E o estado define o ser

Por isso o sol se põe e leva ou não
Mas uma hora tudo se põe
Porque é momentâneo

A Vontade

É só uma simples e incrível vontade
Um desejo individual reagindo
Contra todos os impactos negativos
A favor daquilo que eu quero

Uma meta ou objetivo mascarado
Que só meu coração pode desvendar
Salvar a razão pela emoção
Daquilo que pode ferir fundo

Cadê o que eu procuro?
Perdi ou ainda não achei aquilo
Que deveria me guiar

Bloqueados pelas certezas
Atendo-se na dúvida
Só pela vontade

Livre-Arbítrio

Questões, impasses, problemas
Respostas, decisões, soluções
Sempre vai parecer certo na circunstância
Pode parecer errado com as consequências

Talvez desejar fazer diferente
Mas você nunca o faria, fará
Mesmo toda essa inteligência
De nada basta sem pistas e guias

Aonde reina a incerteza
Aonde nada termina, nas ações
Fazer o melhor e mesmo assim dar errado

Ou então decidir por fazer errado
Acreditando que vai dar certo
Mas no final é só o livre-arbítrio

Devaneio Simplificado

      Para que me preocupar com os detalhes se eles não são necessários, detalhes são legais quando acrescentam e não apenas acumulam. Então chega de textos longos, de complicar, de tentar entender tudo, de querer ser tudo, fazer tudo. Chega de excessos.

      Mesmo tratando de subjetividades, sei que simplificar pode levar a interpretações ou ações erradas, mas porque me importar se no final complicar também o faz, mas com a diferença de que precisa de muito esforço e perde-se a melhor parte.

      Viva a simplicidade!

"Simplicidade é complexidade resolvida." – Constantin Brancusi

Life That I Want



      Simples, é um sentimento incomparável. A felicidade e paz que ele traz é incomparável e imensa, assim como a tristeza e angústia. As vezes pode-se experenciar apenas o lado ruim dele, mas raramente se experimenta apenas o lado bom.

      Enfim, num dia qualquer em que der certo de alguma forma. Aí sim poderei apenas me fechar e simplificar a vida de forma a viver apenas a essência dela, sem mais detalhes e problemas, nada para me distrair.

      Pode ser numa casinha no meio do nada, ou então num apartamento no centro movimentado, não importa, aonde quer que estejamos será apenas eu e você. Na verdade, sempre será assim. Toda vez que estiver sozinho, quero pensar em você, toda vez que pensar quero pensar em você. E tudo que fizermos juntos, desde lavar a louça, até viajar, tudo seria extremamente divertido e gratificante.

      E viajar, para lugares, para quebrar a rotina que nunca existirá. Pois cada dia seria diferente, mesmo sendo igual. Não tem como enjoar disso, não tem como se sentir estagnado ou vazio, nunca mais. E poder cantar, ou tocar juntos, música em geral, magnífico, melhores sons do mundo.

      Ficando bem, dias passando mas não se perdendo ou anos ou não importa, o tempo não importa mais, afinal tudo foi simplificado e o tempo complica tudo. E para que sentido na vida, se meu próprio coração me deu sentido, você me deu sentido, aliás, que sentido bom.

      Mas voltando um pouco para a realidade, essa linha simplificada só se enrola mais e mais e nada encontro, mas é assim mesmo, não importando quando comece ou se vai começar algum dia, eu realmente espero, e só espero.

      Não quero passar a vida inteira assim, mas parece.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Altruísmo invertido ao contrário

Você disse: "Já não é mais altruísmo quando o outro lado se esforça em se sentir bem para fazer o altruísta receber a satisfação."

      Claro! Mas perceba que mesmo aquele que se propõe a ajudar tentará pelo que sabe. Talvez a capacidade de reconhecer como ajudar afete as ações e no final ele atrapalhe mais que ajude e continue achando que esta fazendo bem. Portanto quando alguém se propõe realmente a ajudar, deve-se mostrar o caminho caso se saiba, e as vezes o caminho é exatamente não ajudar. Mas enfim, o problema é quando nenhum dos dois sabem (Aquele que quer ajudar e quem receberá a ajuda), aí tiros no escuro para acertar o problema.

      Além disso, um verdadeiro altruísta é exatamente aquele que não quer receber a satisfação e pouco se importa com isso. Antes eu pensava que era impossível e passei muito tempo pensando se realmente existe algum tipo de altruísmo verdadeiro, e por causa de você eu descobri. Se um dia quiser saber estarei aberto para contar, mas nem é muito complicado ou inovador, é só uma observação mesmo.

      Mas ok, vou parar de tomar seu tempo, que aliás é muito precioso. Só estou afetando e atrapalhando, envolvendo em problemas que não são seus de jeito nenhum, e apesar de estar feliz com sua disposição para resolvê-los ou pelo menos ajudar, por favor, por você, pare. 

      O tempo vai passar e levar tudo isso embora mesmo, uma hora ou outra. Assim como levou as sensações boas. E bom, como disse antes, é sou apenas uma pessoa que passou rapidamente pela sua vida e que provavelmente não mudou nada e será esquecido, até porque não há motivos para lembrar, nenhum mesmo.

      Foi legal

      Enfim, vou ao show do Jack Johnson sozinho mesmo.