Aviso: Este "conto" foi escrito dia 04/06 no meu iPod, numa explosão criativa (não de muita qualidade pelo visto) que eu tive. Ele simplesmente não representa nada da realidade, é totalmente fictício, ninguém se preocupe com minha sanidade (ninguém se preocupa mesmo).
Era um prédio bem alto, felizmente não sei como ele estava aberto... Mas pouco importava, para mim aquilo tudo não importava, não ficava feliz mesmo quando o que eu queria fazer dava certo.
Peguei o elevador, apertei o botão da cobertura, ficava logo acima do vigésimo andar. Esperando na subida interminável, que horrível, eu não tinha nada para me distrair só podia pensar nas merdas a que fui submetido, queria que aquele elevador simplesmente explodisse, caísse e me matasse de uma vez; a porta se abriu.
Estava saindo quando vi que ainda era o décimo andar, uma linda mulher entrou. Ficou ali de costas na minha frente, ela estava subindo para o 19º andar. Aquilo só me fez pensar em como pessoas lindas existem, mas toda essa beleza de nada importa, só um agrado para os olhos. Aquela moça não conseguiria me salvar nem se tentasse, só uma pessoa poderia fazer isso, mas ela não se importava mais, talvez nunca tenha se importado. Então ela saiu, 19º andar, só mais um.
A porta se abre e subo uma escada para a cobertura, era uma noite gelada e o corrimão de ferro puro agrediu minha mão, me cortou mas sem sangrar, apenas doeu muito, o frio inundou meu braço, meu peito, tudo, progressivamente... Só meu coração não sentiu efeito, a era glacial em que ele já se encontrava.
Subi lá, aquele concreto imundo e cinza, senti cambalear, me joguei no chão chorando. Mas o chão estava estranho! O chão me machucava, não tinha nada ali... Mas sentia como se tivesse caído em espinhos de todas as formas e tamanhos, eles me perfuraram por inteiro, eu sangrava por dentro algo, tudo que me restava de bom. Um deles parecia ter transpassado todo o meu peito e arrancado meu coração que já estava morto. Me levantei num pulo assustado. Uma brisa gélida me enchia o rosto e eu não sentia frio nem calor, só tristeza e angústia.
Saltei.
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