Mais um mês. Um mês inteiro. 30 dias (31 no caso). É passou muito rápido, este mês que não teve nada de especial. Certamente devo ter feito algo, escrevi uns textos (bem poucos, foi o mês que menos escrevi), aprendi algumas músicas, li algum livro. Encontrei pessoas novas, fiz coisas novas. Mas nada que tenha marcado ou deixado uma lembrança fixa e resistente, daquelas que nem os constantes impactos do tempo podem apagar totalmente.
Todos os meses anteriores à este foram ótimos, todos tiveram suas coisas boas. Foi tudo piorando gradativamente, cada vez pior, no caso seria menos melhor, pois não é que fosse algo ruim, mas era cada vez menos bom. Enfim, em junho, ao contrário do normal, as coisas melhoraram e muito, posso compará-lo aos meses iniciais como Fevereiro, Março e etc. Abril, o mês fatídico, foi com certeza o pior de todos. Agora não estamos mais no meio do ano, não estamos mais no Middle of June. Estamos nos dirigindo para o final, é uma visão pessimista aliás, se fosse otimista serial algo como "Estamos no começo do fim". Aliás, não sei porque falo em nós se estou sozinho, claramente não sou só eu que estou nessa condição, mas só eu estou neste texto refletindo e só eu realmente me importo comigo de verdade, ou talvez nem eu.
Agora este mês não teve nada de ruim, nada de muito bom. Foi neutro e inerte, não teve nada que eu quisesse perseguir, nenhuma meta, muito menos dias que eu queria que chegasse. Eles só passavam e passavam e eu não sabia o que fazer e por isso fazia qualquer coisa. Talvez a melhor coisa que tenha feito nesse mês foi assistir à One Tree Hill, para me desligar da minha vida, que aliás já estava desligada, o que eu realmente fiz foi só me ligar em outra coisa.
Enfim, vou viver o último dia deste mês. Não promete nada, talvez seja um dia agradável e só. Depois um novo mês vem. Agosto. Eu não gosto nem dá sonoridade dele, muito menos de suas perspectivas. Eu só vejo as coisas piorando, é a inércia. Talvez alguma força, algum acontecimento me tire dessa inércia, mas enquanto isso, é apenas o fator x do acaso, e depender do acaso é não depender de nada. Minha vida não é ruim, é mais do que boa, eu não consigo aproveitar nem 50% de seu potencial, mas a verdade é que as coisas já foram melhores e como elas pioram, é impossível não se sentir mal. Eu tinha que viajar, sozinho como sempre.
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sábado, 30 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
1+1 até o fim
Caramba, estou realmente perturbado pela minha idade. Eu não gosto de ter 16 (Até soa ruim, dezesseis), é muito, eu me sinto com 15 no máximo e isso só faz com que eu sinta estar atrasado no tempo mas o tempo continua passando. Mas essa sensação nem é minha na verdade, é que eu criei um esteriótipo do que eu seria ou faria e não estou nem perto dele, e o pior, sem perspectivas de me torná-lo a tempo, porque depois entrarei no meu próximo esteriótipo, e de todos os esteriótipos que eu criei na minha mente, este que eu deveria estar sendo agora, é de longe o mais legal.
E eu sinto como se estivesse querendo fazer algo mas quando vejo já é hora de dormir, então eu prometo que farei no próximo dia e acontece a mesma coisa até que não tem mais como fazer. Mas no final nem depende de mim, é simplesmente eu e outras pessoas e como não sou nada bom nisso.
E pensar que ano que vem eu faço vestibular, estou com medo, de verdade, de algo real e sem volta, não é a mesma coisa que fantasmas ou zumbis, é a vida e o tempo. E eu nem queria estar pensando nisso só que para não pensar eu preciso fazer algo, e não consigo.
E eu sinto como se estivesse querendo fazer algo mas quando vejo já é hora de dormir, então eu prometo que farei no próximo dia e acontece a mesma coisa até que não tem mais como fazer. Mas no final nem depende de mim, é simplesmente eu e outras pessoas e como não sou nada bom nisso.
E pensar que ano que vem eu faço vestibular, estou com medo, de verdade, de algo real e sem volta, não é a mesma coisa que fantasmas ou zumbis, é a vida e o tempo. E eu nem queria estar pensando nisso só que para não pensar eu preciso fazer algo, e não consigo.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Hello Nobody
Sabe, faz um tempo, ou talvez eu nunca tenha feito isso. Mas eu nunca fiz um texto expressivo e espontâneo, ou era um ou outro. Acho que é hora, agora que ninguém lê afinal.
Sabe, ultimamente eu não tenho vivido a minha vida, e não, não é drogas. É só porque eu estou um pouco, hmm, deprimido. Não sei se esta é a palavra certa, porque do meu ponto de vista só estou cansado. E eu já falei bastante sobre isso, mas hoje é diferente, eu prometo.
As vezes eu me olho no espelho, e penso, interessante, é só isso. Mas não é, porque há muito atrás do que eu posso ver e sentir, e sabe, os defeitos nunca são realmente evidente para quem os possui e reconhecer os defeitos é difícil, porque raramente você realmente os percebe. Há quem considere defeito a falta de qualidades, talvez eu seja uma dessas pessoas, e isso é só mais um defeito, e sabe, eu venho me pressionando, ou talvez apenas influenciando, a ter qualidades, como se fosse assim. Eu queria ser especial, significava para mim ouvir elogios, receber algo em troca, ou simplesmente me sentir bem fazendo algo, sentir que eu era bom naquilo, talvez o melhor, no passado.
E eu posso até ser bom em algumas coisas, mas nunca serei o melhor, e nem é por isso que eu deixei de buscar essa posição idiota, já deixei faz tempo. Mas é que no fundo, é muito mais simples que isso. Tudo que eu fazia era para melhorar algo que não há como melhorar, é apenas um fato que está acontecendo no presente e tem um futuro, mas é estático como o passado. Até com o violão pois, pensei que um dia talvez seria um bom músico, compositor.
Ao menos tentei não atrapalhar as pessoas no caminho, só isso. E acho que ao não atrapalhar, também não ajudei, porque querendo ou não, não há como ser bom com todos, mas há como ser nada com todos e eu escolhi o segundo. E isso é uma droga. Eu não quero realmente fazer mal a ninguém, não gosto de intrigas e brigas, e eu nunca fiz muito parte disso, mas a verdade é que é tão vazio que talvez completar o vazio com isso... seja uma péssima ideia. A incompreensão também faz parte, madrugadas de insônia pensante fazem parte. Você só vai levando, dia a dia como se fosse um alcoólatra que quer parar de beber, mas beber também não resolve, ao contrário é só uma besteira a mais, por isso não há muita saída.
Ninguém é perfeito, nunca vai ser, e quando alguém parece, em breve prova o contrário. Há pessoas perfeitas, mas apenas para uma ou outra, e mesmo assim essa perfeição não é a ausência de erros mas sim a tolerância à eles. Ninguém gosta dos defeitos de alguém, mas se você tolera todos eles, então se dará bem. Não é questão de gostar dos defeitos também, mas de compreendê-los e tolerá-los. As pessoas simplesmente são assim, algumas mais legais que as outras, e todo mundo vai continuar julgando até morrer, sem problemas, eu faço o mesmo, e não é porque eu quero é claro. Mas é assim talvez que tenha que ser, pra que ficar pensando em ser diferente se não há como ser, simplesmente é. Uma condição que talvez seja divertida.
Aí eu me lembro que eu só posso contar de verdade com meu espelho, e sabe isso é horrível. Por mais que promessas sejam feitas, palavras ditas, intenções expressadas, no final não é permanente nem certo, pelo contrário, tudo é temporário e incerto. E nem por isso é ruim, pode ser bom, as vezes. E que bom, porque eu não quero que seja bom sempre, porque senão o bom se torna normal e o normal costuma ser ruim. E eu esqueço sempre, que é exatamente por isso que pessoas não gostam de mim.
Nada do que eu faço ajuda em alguma coisa, e não adianta dizer que é modéstia, é só um fato. Mas eu também não quero ajudar tanto assim, só acho que talvez se ajudasse, alguém me ajudasse, e podíamos ficar nos ajudando até quando quisermos. Mas a probabilidade é tão baixa que nem acredito, mas você fica com aquela sensação na loteria, de que talvez você ganhe, e você imagina tudo o que faria se ganhasse, se tirasse a sorte grande, até que o dia do sorteio vem chegando, as esperanças diminuindo, e nos minutos finais, você nem se importa mais, sabe que não vai ganhar. Você só teve uma expressão de nostalgia falsa, como se algo de importante tivesse acontecido, mas foi só na sua cabeça.
Não é carência física, é só emocional, mas também não é tão profunda nem rasa. É algo como alguém tivesse me contado que o clímax do filme acontece agora, eu fico esperando e na verdade não acontece nada, eu me decepciono e depois de muito tempo eu vejo que aquele foi realmente o clímax, e esse nada foi o clímax, mas não percebi na hora. E aí eu volto para o começo: Afinal o que eu estou fazendo? Eu não estou fazendo nada, não tenho objetivos, metas, perspectivas, eu sempre criei as minhas e isso na verdade não mudou muito, é só porque eu me cansei de criá-las, eu só queria que as coisas andassem naturalmente, eu não queria sentir o cansaço, não toda hora.
Mas são pessoas, huh. Eu não espero mais nada delas, apenas desejo e já perdi as esperanças. Afinal porque esperaria algo delas algo que nem eu consigo ser, eu sou que nem eles, talvez mais eles do que eles mesmos. E não há nada de errado nisto, o problema foi que sempre pensamos e sentimos demais e essas duas coisas não combinam muito e resulta nesses erros e acertos, mágoas e alegrias, porque no fundo queríamos o melhor dos dois, mas exatamente ao querer isso, não conseguimos. Se fossemos algo mais unilateral, talvez pudéssemos eventualmente o melhor de um dos dois.
E eu já estava engatando na highway, indo para lugar nenhum, mas ao menos indo. Agora meu motor quebrou, simplesmente porque tive que voltar para aquelas estradas marginais esburacadas, por onde ninguém passa, e apesar de ter diversos números no meu celular, não tenho muita vontade de pedir ajuda, se alguém se importasse, eles viriam, certo? Está bem evidente.
Já está no meio e passando, e eu aqui tendo de escolher entre um isolamento sincero ou uma aproximação falsa, e eu não sei o que é o pior. Não é questão de opção, é a falta delas, eu queria uma aproximação sincera. E quando a felicidade simplesmente depende de um oi, de uma tarde... sabe tipo, algo tão pequeno em troca de algo tão grande, mas eu sei que não vai acontecer, a não ser que eu tente, e aí perde a mágica, perde a sinceridade. Sabe, deixa.
Antes eu estava pronto pra me trancar e não escutar mais ninguém, nem sair. Aí eu resolvi fazer exatamente o contrário. Agora não consigo mais fazer nenhum dos dois.
Bye Nobody
Sabe, ultimamente eu não tenho vivido a minha vida, e não, não é drogas. É só porque eu estou um pouco, hmm, deprimido. Não sei se esta é a palavra certa, porque do meu ponto de vista só estou cansado. E eu já falei bastante sobre isso, mas hoje é diferente, eu prometo.
As vezes eu me olho no espelho, e penso, interessante, é só isso. Mas não é, porque há muito atrás do que eu posso ver e sentir, e sabe, os defeitos nunca são realmente evidente para quem os possui e reconhecer os defeitos é difícil, porque raramente você realmente os percebe. Há quem considere defeito a falta de qualidades, talvez eu seja uma dessas pessoas, e isso é só mais um defeito, e sabe, eu venho me pressionando, ou talvez apenas influenciando, a ter qualidades, como se fosse assim. Eu queria ser especial, significava para mim ouvir elogios, receber algo em troca, ou simplesmente me sentir bem fazendo algo, sentir que eu era bom naquilo, talvez o melhor, no passado.
E eu posso até ser bom em algumas coisas, mas nunca serei o melhor, e nem é por isso que eu deixei de buscar essa posição idiota, já deixei faz tempo. Mas é que no fundo, é muito mais simples que isso. Tudo que eu fazia era para melhorar algo que não há como melhorar, é apenas um fato que está acontecendo no presente e tem um futuro, mas é estático como o passado. Até com o violão pois, pensei que um dia talvez seria um bom músico, compositor.
Ao menos tentei não atrapalhar as pessoas no caminho, só isso. E acho que ao não atrapalhar, também não ajudei, porque querendo ou não, não há como ser bom com todos, mas há como ser nada com todos e eu escolhi o segundo. E isso é uma droga. Eu não quero realmente fazer mal a ninguém, não gosto de intrigas e brigas, e eu nunca fiz muito parte disso, mas a verdade é que é tão vazio que talvez completar o vazio com isso... seja uma péssima ideia. A incompreensão também faz parte, madrugadas de insônia pensante fazem parte. Você só vai levando, dia a dia como se fosse um alcoólatra que quer parar de beber, mas beber também não resolve, ao contrário é só uma besteira a mais, por isso não há muita saída.
Ninguém é perfeito, nunca vai ser, e quando alguém parece, em breve prova o contrário. Há pessoas perfeitas, mas apenas para uma ou outra, e mesmo assim essa perfeição não é a ausência de erros mas sim a tolerância à eles. Ninguém gosta dos defeitos de alguém, mas se você tolera todos eles, então se dará bem. Não é questão de gostar dos defeitos também, mas de compreendê-los e tolerá-los. As pessoas simplesmente são assim, algumas mais legais que as outras, e todo mundo vai continuar julgando até morrer, sem problemas, eu faço o mesmo, e não é porque eu quero é claro. Mas é assim talvez que tenha que ser, pra que ficar pensando em ser diferente se não há como ser, simplesmente é. Uma condição que talvez seja divertida.
Aí eu me lembro que eu só posso contar de verdade com meu espelho, e sabe isso é horrível. Por mais que promessas sejam feitas, palavras ditas, intenções expressadas, no final não é permanente nem certo, pelo contrário, tudo é temporário e incerto. E nem por isso é ruim, pode ser bom, as vezes. E que bom, porque eu não quero que seja bom sempre, porque senão o bom se torna normal e o normal costuma ser ruim. E eu esqueço sempre, que é exatamente por isso que pessoas não gostam de mim.
Nada do que eu faço ajuda em alguma coisa, e não adianta dizer que é modéstia, é só um fato. Mas eu também não quero ajudar tanto assim, só acho que talvez se ajudasse, alguém me ajudasse, e podíamos ficar nos ajudando até quando quisermos. Mas a probabilidade é tão baixa que nem acredito, mas você fica com aquela sensação na loteria, de que talvez você ganhe, e você imagina tudo o que faria se ganhasse, se tirasse a sorte grande, até que o dia do sorteio vem chegando, as esperanças diminuindo, e nos minutos finais, você nem se importa mais, sabe que não vai ganhar. Você só teve uma expressão de nostalgia falsa, como se algo de importante tivesse acontecido, mas foi só na sua cabeça.
Não é carência física, é só emocional, mas também não é tão profunda nem rasa. É algo como alguém tivesse me contado que o clímax do filme acontece agora, eu fico esperando e na verdade não acontece nada, eu me decepciono e depois de muito tempo eu vejo que aquele foi realmente o clímax, e esse nada foi o clímax, mas não percebi na hora. E aí eu volto para o começo: Afinal o que eu estou fazendo? Eu não estou fazendo nada, não tenho objetivos, metas, perspectivas, eu sempre criei as minhas e isso na verdade não mudou muito, é só porque eu me cansei de criá-las, eu só queria que as coisas andassem naturalmente, eu não queria sentir o cansaço, não toda hora.
Mas são pessoas, huh. Eu não espero mais nada delas, apenas desejo e já perdi as esperanças. Afinal porque esperaria algo delas algo que nem eu consigo ser, eu sou que nem eles, talvez mais eles do que eles mesmos. E não há nada de errado nisto, o problema foi que sempre pensamos e sentimos demais e essas duas coisas não combinam muito e resulta nesses erros e acertos, mágoas e alegrias, porque no fundo queríamos o melhor dos dois, mas exatamente ao querer isso, não conseguimos. Se fossemos algo mais unilateral, talvez pudéssemos eventualmente o melhor de um dos dois.
E eu já estava engatando na highway, indo para lugar nenhum, mas ao menos indo. Agora meu motor quebrou, simplesmente porque tive que voltar para aquelas estradas marginais esburacadas, por onde ninguém passa, e apesar de ter diversos números no meu celular, não tenho muita vontade de pedir ajuda, se alguém se importasse, eles viriam, certo? Está bem evidente.
Já está no meio e passando, e eu aqui tendo de escolher entre um isolamento sincero ou uma aproximação falsa, e eu não sei o que é o pior. Não é questão de opção, é a falta delas, eu queria uma aproximação sincera. E quando a felicidade simplesmente depende de um oi, de uma tarde... sabe tipo, algo tão pequeno em troca de algo tão grande, mas eu sei que não vai acontecer, a não ser que eu tente, e aí perde a mágica, perde a sinceridade. Sabe, deixa.
Antes eu estava pronto pra me trancar e não escutar mais ninguém, nem sair. Aí eu resolvi fazer exatamente o contrário. Agora não consigo mais fazer nenhum dos dois.
Bye Nobody
domingo, 17 de julho de 2011
Apelo ao Medo
Quem seria realmente digno de entrar no céu se ele existisse? Aquele que por medo fez o bem e foi contra seus desejos, ou então aquele que com nada a temer mesmo assim se impôs ética e moral, fez o bem e alimentou virtudes, reconheceu defeitos e etc... As pessoas se tornam boas por causa do medo, se tornam más também. Depende do que o medo quer, agora alguém que se liberta do medo, é livre para ser o que quiser.
O medo é um fator emocional a ser levado em conta, oras, ele define tanta coisa. Desespero pode ser causado pelo medo, assim como por várias outras outras sensações e emoções. E há gente que acha que felicidade é apenas o alívio de estar sem medo, e talvez possa ser.
Medo de ficar sozinho, medo de não fazer nada, medo de decepcionar, medo de SE decepcionar.
O medo é um fator emocional a ser levado em conta, oras, ele define tanta coisa. Desespero pode ser causado pelo medo, assim como por várias outras outras sensações e emoções. E há gente que acha que felicidade é apenas o alívio de estar sem medo, e talvez possa ser.
Medo de ficar sozinho, medo de não fazer nada, medo de decepcionar, medo de SE decepcionar.
sábado, 16 de julho de 2011
Cada um dos por quês
Tudo, tudo que fazemos precisa mesmo de uma justificativa para as outras pessoas? Não é questão mesmo de ser socialmente aceitável, mas as vezes nós mesmos nos perguntamos, por quê? Aonde eu quero chegar com tudo isso, para quê isso ou aquilo? E a verdade é que sempre consiguiremos justificar até certo ponto, nunca até o final, porque o final não existe. Sempre entraremos em contradição, em um círculo vicioso, ou pior, no nada.
Por que não há ponto final nas justificativas... Elas sempre precisarão de mais ainda, e mais, e mais. E os por quês se completam com outros e outros, até que não resta mais nenhum, chega uma hora que a gente se pergunta pra quê... e aí não há como responder, ou você já respondeu aquilo, ou você se contradiz.
Pegue coisas banais, pegue coisas grandiosas, todas tem justificativas, algumas conseguem se manter justificando por bastante tempo e por isso pareceram mais dignas, melhores, mais importantes, mas no final do final elas acabam da mesma forma.
Então por quê afinal? Não sei, pare de me perguntar, tenho que parar também.
"Just go on"
Por que não há ponto final nas justificativas... Elas sempre precisarão de mais ainda, e mais, e mais. E os por quês se completam com outros e outros, até que não resta mais nenhum, chega uma hora que a gente se pergunta pra quê... e aí não há como responder, ou você já respondeu aquilo, ou você se contradiz.
Pegue coisas banais, pegue coisas grandiosas, todas tem justificativas, algumas conseguem se manter justificando por bastante tempo e por isso pareceram mais dignas, melhores, mais importantes, mas no final do final elas acabam da mesma forma.
Então por quê afinal? Não sei, pare de me perguntar, tenho que parar também.
"Just go on"
Mais perguntas que respostas
É, eu percebi isso, meus textos estão turbinados de pontos de interrogação, a maioria das perguntas são retóricas ou apenas enfáticas, mas sabe, nem todas tem resposta.
Antes eu costumava afirmar mais do que perguntar, até porque agora enquanto pergunto, sei que ninguém nem nada virá me responder, porque ninguém nem nada se importam comigo, e bastava um "não sei" como resposta.
"We're just moments, we're clever but we're clueless
We're just human, amusing and confusing
We're trying, but where is this all leading?
We'll never know"
Antes eu costumava afirmar mais do que perguntar, até porque agora enquanto pergunto, sei que ninguém nem nada virá me responder, porque ninguém nem nada se importam comigo, e bastava um "não sei" como resposta.
"We're just moments, we're clever but we're clueless
We're just human, amusing and confusing
We're trying, but where is this all leading?
We'll never know"
Onicronia crônica
Porque tenho essa sensação de que o presente é o passado e o futuro, eu sei que não é mas é um sensação falaciosa e contraditória. Ela vem e me faz esquecer de como era antes, de que eu não conhecia certas coisas e pessoas, de que eu não fazia certas coisas, de que eu não tinha certas coisas. E do mesmo jeito ela me faz pensar que é assim que deve ser e não há nada para mudar.
Mas quando algo muda essa sensação continua, mas ela é hipócrita, afinal antes não era o tal presente onicrônico? Então porque agora este é o presente onicrônico? Porque onicronia e onicrônico não estão no dicionário e nem na internet? É um termo novo? com certeza não.
E assim tenho um gostinho de eternidade temporária.
Mas quando algo muda essa sensação continua, mas ela é hipócrita, afinal antes não era o tal presente onicrônico? Então porque agora este é o presente onicrônico? Porque onicronia e onicrônico não estão no dicionário e nem na internet? É um termo novo? com certeza não.
E assim tenho um gostinho de eternidade temporária.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Reação a Arrogância x Humildade
Um pequeno estudo-analítico bobo e inconsequente desta questão. Como pessoas reagem à Arrogância e a Humildade. Podemos separar em 2 grupos. Os influenciados e os reconhecedores*.
Influenciados
São maioria e são a causa de tudo isso.
Arrogância: Os influenciados reagem à arrogância de forma peculiar, eles concordam. Se sentem contagiados pelos aplausos e aplaudem junto, preferem concordar com o arrogante do que ter uma opinião própria. Eles não sentem repulsa de ver alguém aplaudindo ou cuspindo elogios a si mesmo. Não que os arrogantes sempre estão errados, de fato alguns arrogantes são realistas, mas a maioria não. Porque eles sentem necessidade de se auto-afirmar, como se o que eles fizeram já não bastasse para tal, eles devem informar que o que eles fizeram foi bom. E os influenciados, se influenciam e concordam, principalmente quando de fato não há base nenhuma, é apenas hipocrisia fantasiada de superioridade.
Humildade: Se esquecem que isso é uma qualidade e as vezes veem apenas como uma falta de confiança ou então auto-depreciação, de fato as vezes é isso mesmo, mas mesmo assim, é digno. Aliás, apenas porque ninguém se elogia ou aplaude não quer dizer que não merecem, pelo contrário, só por tal qualidade já se deve. Porque eles transformam virtude em defeito e vice-versa, simplesmente se influenciam, não percebem. E assim eles inibem esse comportamento, mas ele nunca vai desaparecer, porque os verdadeiros humildes não precisam de auto-afirmação ou de combustível, são simplesmente assim, se todas as pessoas desaparecessem eles continuariam sendo humildes, enquanto os arrogantes precisam de mais, não basta os elogios deles para eles.
Reconhecedores
Deveriam existir mais, deveriam mudar as coisas, são pessoas boas.
Arrogância: É um crime, hediondo aliás, perdoável, mas enquanto isso é desagradável. O difícil é perceber, mas é possível, com alguns é simplesmente evidente, e quanto mais evidente, pior. Arrogância é um defeito e isso reduz um pouco o apreço, por mais legal e bom que esta pessoa fosse, é um defeito, tolerável. Todo ser-humano é um pouco arrogante, egoísta, egocêntrico, o pacote sempre vem junto em mesma intensidade (se alguém é muito egoísta, provavelmente também é os outros dois, e vice-versa), o que torna tudo pior, ou melhor. Mas é assim, essência de muitos até. Não é realmente um problema, é apenas chato, podia ser melhor, não precisava ser assim. Mas fazer o que, as vezes faz parte.
Humildade: Bom, bem, do bem. Com prazer farão o trabalho de elogiar as boas músicas, filmes e textos cujo produtor, compositor, diretor, escritor deixou vago. E além, elas até ganham certo brilho, por não terem sido usadas indecentemente para promover o ego, ou algo assim. E mesmo que realmente a pessoa esteja certa, e não seja nada de mais, algo normal, talvez até ruim, ao menos ele teve a dignidade de dizer isso, não criar expectativas ou tentar influenciar a opinião, querer comer os elogios e escutar as palmas ecoando dentro do vazio, palmas e elogios falsos ou influenciados. Ás vezes, quando confrontam um humilde auto-depreciativo (nada que faz pode ser considerado bom, por melhor que seja) os reconhecedores tentam, muitas vezes inutilmente, convencê-los de que não, de que há algo de bom ali, é só questão de incentivar.
Por fim, a humildade é deixada de lado pois não promove nada além do que a si mesma, é uma virtude cheia mas não abrangente, a arrogância se bem utilizada pode levar a influenciar muitas pessoas, confundir arrogância com confiança pode te fazer parecer até melhor, mas por fim você não é.
Influenciados
São maioria e são a causa de tudo isso.
Arrogância: Os influenciados reagem à arrogância de forma peculiar, eles concordam. Se sentem contagiados pelos aplausos e aplaudem junto, preferem concordar com o arrogante do que ter uma opinião própria. Eles não sentem repulsa de ver alguém aplaudindo ou cuspindo elogios a si mesmo. Não que os arrogantes sempre estão errados, de fato alguns arrogantes são realistas, mas a maioria não. Porque eles sentem necessidade de se auto-afirmar, como se o que eles fizeram já não bastasse para tal, eles devem informar que o que eles fizeram foi bom. E os influenciados, se influenciam e concordam, principalmente quando de fato não há base nenhuma, é apenas hipocrisia fantasiada de superioridade.
Humildade: Se esquecem que isso é uma qualidade e as vezes veem apenas como uma falta de confiança ou então auto-depreciação, de fato as vezes é isso mesmo, mas mesmo assim, é digno. Aliás, apenas porque ninguém se elogia ou aplaude não quer dizer que não merecem, pelo contrário, só por tal qualidade já se deve. Porque eles transformam virtude em defeito e vice-versa, simplesmente se influenciam, não percebem. E assim eles inibem esse comportamento, mas ele nunca vai desaparecer, porque os verdadeiros humildes não precisam de auto-afirmação ou de combustível, são simplesmente assim, se todas as pessoas desaparecessem eles continuariam sendo humildes, enquanto os arrogantes precisam de mais, não basta os elogios deles para eles.
Reconhecedores
Deveriam existir mais, deveriam mudar as coisas, são pessoas boas.
Arrogância: É um crime, hediondo aliás, perdoável, mas enquanto isso é desagradável. O difícil é perceber, mas é possível, com alguns é simplesmente evidente, e quanto mais evidente, pior. Arrogância é um defeito e isso reduz um pouco o apreço, por mais legal e bom que esta pessoa fosse, é um defeito, tolerável. Todo ser-humano é um pouco arrogante, egoísta, egocêntrico, o pacote sempre vem junto em mesma intensidade (se alguém é muito egoísta, provavelmente também é os outros dois, e vice-versa), o que torna tudo pior, ou melhor. Mas é assim, essência de muitos até. Não é realmente um problema, é apenas chato, podia ser melhor, não precisava ser assim. Mas fazer o que, as vezes faz parte.
Humildade: Bom, bem, do bem. Com prazer farão o trabalho de elogiar as boas músicas, filmes e textos cujo produtor, compositor, diretor, escritor deixou vago. E além, elas até ganham certo brilho, por não terem sido usadas indecentemente para promover o ego, ou algo assim. E mesmo que realmente a pessoa esteja certa, e não seja nada de mais, algo normal, talvez até ruim, ao menos ele teve a dignidade de dizer isso, não criar expectativas ou tentar influenciar a opinião, querer comer os elogios e escutar as palmas ecoando dentro do vazio, palmas e elogios falsos ou influenciados. Ás vezes, quando confrontam um humilde auto-depreciativo (nada que faz pode ser considerado bom, por melhor que seja) os reconhecedores tentam, muitas vezes inutilmente, convencê-los de que não, de que há algo de bom ali, é só questão de incentivar.
Por fim, a humildade é deixada de lado pois não promove nada além do que a si mesma, é uma virtude cheia mas não abrangente, a arrogância se bem utilizada pode levar a influenciar muitas pessoas, confundir arrogância com confiança pode te fazer parecer até melhor, mas por fim você não é.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Pedantismo Agressivo
Vou presumir que estavas totalmente em si, assim como eu. Não quero que vejas isso como ofensa nenhuma, mas apenas uma análise imparcial da situação que nos impomos, mais você do que eu, como sempre. Mas creio que como sempre alegarás que quem começa é o verdadeiro culpado, como se a reação desproporcional não fosse demérito nenhum e apenas uma consequência da minha infantilidade, pois então vamos aos fatos.
Assumo minha parcela de culpa, apesar de que tal "culpa" nada deveria ter causado. Zoar é algo que você faz comigo diversas vezes, principalmente em frente a outras pessoas, se isto te irrita tanto então pare você de fazer isso primeiro. Além disso não tive intenção real, afinal você não se importa com as notas e etc, qual o problema de comentar zoando um FATO? Se eu estivesse mentindo, você que me corrija.
Mas isso foi só o estopim, o conflito originou-se realmente quando você, com seu ar de superioridade tentou aleatoriamente atacar-me (?), falando como que ir bem (ou ao menos não ir mal) na escola era algo sem importância, e afinal o que eu sabia da vida. Repito aqui: Eu não sei nada. Então você com a arrogância no ápice simplesmente diz que tudo que eu sei da vida você ensinou. Meu caro, você me ensinou a pensar? Você chegou às conclusões para mim? Repito aqui novamente: Eu não quero desmerecer o que você fez por mim, nem ser hipócrita ao desdizer o que já disse antes, você mudou minha vida, suas ações mudaram as coisas, porém não venha achar que você fez tudo sozinho por mim, suas ações influenciaram mais indiretamente do que diretamente como você alegou.
Então você novamente cospe o argumento falho: Você é uma criança! Otário, criança! E eu repito aqui DE NOVO: Sou mesmo, não há nada de errado nisso, aliás, o senhor Adulto que você é deveria ter aprendido que julgar as pessoas deliberadamente como fazes é algo quase criminoso, e medir a pessoa por suas ações e reações é apenas igualmente ofensivo. Não vou cometer o mesmo erro que você e te julgar. Mas digo que você deveria, ou não, repensar afinal o que ser Adulto significa, se é o que tanto almejas e quer tanto que os outros sejam. Estamos aqui para nos sentirmos bem, felizes, você talvez seja hedonista e pense que a felicidade é obtida pelo prazer, novamente, não vou julgá-lo por isso, mas não tente impor ou incompreender visões diferentes, mais infantis, simples e ingênuas, mas igualmente importantes e válidas.
E então o pressuposto de que o trabalho trás a dignidade. Que ironia, estudar não era sem importância? Afinal, o estudo talvez seja o trabalho que você deveria ter feito e/ou estar fazendo. Veja bem, passar pizzas não trás muito mais do que os simples conhecimentos rotineiros da tarefa e dinheiro, simplesmente é um contato precoce com a relação produção = dinheiro, um contato que todos teremos um dia. E afinal, porque precisa ser desta forma como você propõe? Trabalhando numa loja, restaurante, pizzaria, escritório? Há outras formas. Não era você que dizia que o dinheiro é apenas papel verde? Porque gastas seu tempo e suor atrás dele? E ainda se vangloria disto, menosprezando os outros.
Eu posso não ter trabalhado formalmente como você, e aliás, dou graças a Deus por não, afinal é uma experiência desnecessária e talvez até prejudicial se feita desta forma. Eu trabalhei de forma esparsa e informal, ganhei dinheiro dos meus pais, apesar de ser bem desnecessário afinal eles já me davam, porém eu já ajudei demais, em épocas de aperto eu trabalhava (ajudava) sem remuneração apenas para ajudar a manter a empresa funcionando, e você me diz que eu ganho tudo na mão. Mas sabe porque eles me davam dinheiro quando podiam? É, talvez você não saiba, mas era porque eu estudava, eu ia bem na escola, eu talvez não pegasse os livros e ficasse tardes estudando, mas aprendia e isso (na concepção deles) merecia remuneração, e eu realmente não vejo nada de errado, afinal nosso trabalho é estudar.
Você talvez seja incapaz de entender, afinal há uma névoa de anarquismo e procrastinação impedindo, de que apesar dos estudos serem algo desnecessário e fútil a longo prazo, são cruciais a curto prazo para MEUS planos, que são completamente diferentes dos seus. E então você me diz que passar pizzas é mais importante que aprender Progressão Geométrica? Digo que os dois são inúteis a longo-prazo, mas talvez a curto sejam úteis, depende do que você almeja.
Por fim só quero dizer que você tem andado irritadiço e agindo de forma estranha. Você mudou desde quando eu te conheci, ficou mais pessimista do que já era, mais rancoroso do que já era, agressivo, hipócrita e irônico. Eu sei que também mudei, pra pior em alguns casos. Mas afinal ainda gosto de ti apesar dos infortúnios que você me impõe, pelas birras que faz em alternativa da paz e sossego, por que talvez para você, viver em constante estado de harmonia seja demais surreal, porque tudo deveria estar mal, e mesmo quando não, sempre encontrarás formas de torná-lo ou vê-lo assim.
Assumo minha parcela de culpa, apesar de que tal "culpa" nada deveria ter causado. Zoar é algo que você faz comigo diversas vezes, principalmente em frente a outras pessoas, se isto te irrita tanto então pare você de fazer isso primeiro. Além disso não tive intenção real, afinal você não se importa com as notas e etc, qual o problema de comentar zoando um FATO? Se eu estivesse mentindo, você que me corrija.
Mas isso foi só o estopim, o conflito originou-se realmente quando você, com seu ar de superioridade tentou aleatoriamente atacar-me (?), falando como que ir bem (ou ao menos não ir mal) na escola era algo sem importância, e afinal o que eu sabia da vida. Repito aqui: Eu não sei nada. Então você com a arrogância no ápice simplesmente diz que tudo que eu sei da vida você ensinou. Meu caro, você me ensinou a pensar? Você chegou às conclusões para mim? Repito aqui novamente: Eu não quero desmerecer o que você fez por mim, nem ser hipócrita ao desdizer o que já disse antes, você mudou minha vida, suas ações mudaram as coisas, porém não venha achar que você fez tudo sozinho por mim, suas ações influenciaram mais indiretamente do que diretamente como você alegou.
Então você novamente cospe o argumento falho: Você é uma criança! Otário, criança! E eu repito aqui DE NOVO: Sou mesmo, não há nada de errado nisso, aliás, o senhor Adulto que você é deveria ter aprendido que julgar as pessoas deliberadamente como fazes é algo quase criminoso, e medir a pessoa por suas ações e reações é apenas igualmente ofensivo. Não vou cometer o mesmo erro que você e te julgar. Mas digo que você deveria, ou não, repensar afinal o que ser Adulto significa, se é o que tanto almejas e quer tanto que os outros sejam. Estamos aqui para nos sentirmos bem, felizes, você talvez seja hedonista e pense que a felicidade é obtida pelo prazer, novamente, não vou julgá-lo por isso, mas não tente impor ou incompreender visões diferentes, mais infantis, simples e ingênuas, mas igualmente importantes e válidas.
E então o pressuposto de que o trabalho trás a dignidade. Que ironia, estudar não era sem importância? Afinal, o estudo talvez seja o trabalho que você deveria ter feito e/ou estar fazendo. Veja bem, passar pizzas não trás muito mais do que os simples conhecimentos rotineiros da tarefa e dinheiro, simplesmente é um contato precoce com a relação produção = dinheiro, um contato que todos teremos um dia. E afinal, porque precisa ser desta forma como você propõe? Trabalhando numa loja, restaurante, pizzaria, escritório? Há outras formas. Não era você que dizia que o dinheiro é apenas papel verde? Porque gastas seu tempo e suor atrás dele? E ainda se vangloria disto, menosprezando os outros.
Eu posso não ter trabalhado formalmente como você, e aliás, dou graças a Deus por não, afinal é uma experiência desnecessária e talvez até prejudicial se feita desta forma. Eu trabalhei de forma esparsa e informal, ganhei dinheiro dos meus pais, apesar de ser bem desnecessário afinal eles já me davam, porém eu já ajudei demais, em épocas de aperto eu trabalhava (ajudava) sem remuneração apenas para ajudar a manter a empresa funcionando, e você me diz que eu ganho tudo na mão. Mas sabe porque eles me davam dinheiro quando podiam? É, talvez você não saiba, mas era porque eu estudava, eu ia bem na escola, eu talvez não pegasse os livros e ficasse tardes estudando, mas aprendia e isso (na concepção deles) merecia remuneração, e eu realmente não vejo nada de errado, afinal nosso trabalho é estudar.
Você talvez seja incapaz de entender, afinal há uma névoa de anarquismo e procrastinação impedindo, de que apesar dos estudos serem algo desnecessário e fútil a longo prazo, são cruciais a curto prazo para MEUS planos, que são completamente diferentes dos seus. E então você me diz que passar pizzas é mais importante que aprender Progressão Geométrica? Digo que os dois são inúteis a longo-prazo, mas talvez a curto sejam úteis, depende do que você almeja.
Por fim só quero dizer que você tem andado irritadiço e agindo de forma estranha. Você mudou desde quando eu te conheci, ficou mais pessimista do que já era, mais rancoroso do que já era, agressivo, hipócrita e irônico. Eu sei que também mudei, pra pior em alguns casos. Mas afinal ainda gosto de ti apesar dos infortúnios que você me impõe, pelas birras que faz em alternativa da paz e sossego, por que talvez para você, viver em constante estado de harmonia seja demais surreal, porque tudo deveria estar mal, e mesmo quando não, sempre encontrarás formas de torná-lo ou vê-lo assim.
sábado, 9 de julho de 2011
Afastam
Já aconteceu mais de uma vez. Porque as pessoas se aproximam e depois se afastam? Sei que nada é para sempre, mas tão rápido assim? O que eu faço afinal, sou eu mesmo e este eu, que como todo eu precisa de um tempo para ir sendo descoberto, é enfim descoberto? Será que minhas primeiras-impressões são melhores do que as reais impressões?
Não sei o que é, mas a aproximação e consequente afastamento faz eu sentir falta da época da proximidade, de quando não era só eu que tinha que chamar, de quando não só eu fazia um mínimo esforço para se comunicar, de quando podia se combinar algo com mais certeza, de quando podia contar com a companhia. Mas sou excluído, trocado, esquecido... afastado.
Eu só queria que as pessoas não se afastassem sem dizer as causas, porque eu não quero que elas se afastem, mas se elas quiserem, ao menos quero saber o porquê para não errar novamente.
Não sei o que é, mas a aproximação e consequente afastamento faz eu sentir falta da época da proximidade, de quando não era só eu que tinha que chamar, de quando não só eu fazia um mínimo esforço para se comunicar, de quando podia se combinar algo com mais certeza, de quando podia contar com a companhia. Mas sou excluído, trocado, esquecido... afastado.
Eu só queria que as pessoas não se afastassem sem dizer as causas, porque eu não quero que elas se afastem, mas se elas quiserem, ao menos quero saber o porquê para não errar novamente.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Não Ter o que Contar
E no futuro distantemente próximo...
Sabe que quando eu era jovem, lá pelos meus 15 e 16 anos, eu não fazia nada? Pois é pessoalzinho, eu simplesmente era um cara que andava com um violão na mão 80% do tempo, mas não sabia tocar ou cantar bem. Não estudava muito, mas ia relativamente bem na escola, escrevia poesias e prosas (ruins) e mantinha um péssimo blog (não continha nada de útil ou agradável) na internet, que naquela época estava infestada de redes sociais e todos usavam só porque era novidade.
As pessoas normalmente achavam que eu usava drogas, em especial a maconha, que diferentemente de hoje em dia, era discriminada pelas pessoas e proibida pelo Estado. Eu nunca entendi muito bem porque as pessoas achavam isso de mim, não entendia qual era o problema de rir um pouco mais se isto faz tão bem, ou se falar lentamente (digo, mais pausadamente e com entonação mais suave) não é melhor para pensar no que irá dizer,ou que tocar músicas não eram a melhor coisa a fazer seja qual fosse a hora, e ter sono não pode ser algo normal, fruto de ir dormir tarde e acordar cedo e viajar 250km toda semana.
Ter cabelo grande era fora de moda, mas mesmo assim eu tinha, não era muito grande mas também não era curto, eu queria que ele fosse mais bagunçado e duro, mas fui abençoado (segundo alguns, para mim era mais uma maldição) com um cabelo liso. Minhas roupas, oras... eu sempre gostei de xadrez e coisas assim, mas quando comecei a usar realmente, isso virou moda, modinha, e até me sentia meio mal de estar na moda, mas isso não importa porque era legal se sentir meio indie-folk, apesar de não ter nenhum estilo.
Eu lia livros, de tempos em tempos, nunca conseguia pegar um bom ritmo constante de leitura, sempre variava de dias à semanas e à meses para terminar um livro, eu desejava ter lido mais livros. Mas eu escrevia bastante (Não que a quantidade tenha melhorado a qualidade, porque eram idiotas), tinha um blog de política em que de tempos em tempos, bem raramente, eu escrevia alguma coisa que estava acontecendo, nada que mudasse algo ou fizesse a diferença, apenas um textinho bobo analisando alguma situação escrota da política nacional, que hoje graças a Deus mudou.
Mas esse é o resumo, anos nesse estado catatônico de indiferença. Às vezes viajava com a escola ou algo assim, nada que se sobressaísse ou fosse fora do normal, era bom de viver, mas não é bom de contar, não vivi tudo isso para contar, não tenho o que contar na verdade. Não tenho lembranças que parecem mais estorinhas de contos de fadas ou então fábulas vividas que sempre contém uma "moral da história" que pode ser transmitida para os outros (especialmente filhos e netos), é só isso, uma vida normal, tediosa e nada especial, redundante e parada, mas que até que foi legal de ser vivida e sinto muita saudade daqueles tempos.
Sabe que quando eu era jovem, lá pelos meus 15 e 16 anos, eu não fazia nada? Pois é pessoalzinho, eu simplesmente era um cara que andava com um violão na mão 80% do tempo, mas não sabia tocar ou cantar bem. Não estudava muito, mas ia relativamente bem na escola, escrevia poesias e prosas (ruins) e mantinha um péssimo blog (não continha nada de útil ou agradável) na internet, que naquela época estava infestada de redes sociais e todos usavam só porque era novidade.
As pessoas normalmente achavam que eu usava drogas, em especial a maconha, que diferentemente de hoje em dia, era discriminada pelas pessoas e proibida pelo Estado. Eu nunca entendi muito bem porque as pessoas achavam isso de mim, não entendia qual era o problema de rir um pouco mais se isto faz tão bem, ou se falar lentamente (digo, mais pausadamente e com entonação mais suave) não é melhor para pensar no que irá dizer,ou que tocar músicas não eram a melhor coisa a fazer seja qual fosse a hora, e ter sono não pode ser algo normal, fruto de ir dormir tarde e acordar cedo e viajar 250km toda semana.
Ter cabelo grande era fora de moda, mas mesmo assim eu tinha, não era muito grande mas também não era curto, eu queria que ele fosse mais bagunçado e duro, mas fui abençoado (segundo alguns, para mim era mais uma maldição) com um cabelo liso. Minhas roupas, oras... eu sempre gostei de xadrez e coisas assim, mas quando comecei a usar realmente, isso virou moda, modinha, e até me sentia meio mal de estar na moda, mas isso não importa porque era legal se sentir meio indie-folk, apesar de não ter nenhum estilo.
Eu lia livros, de tempos em tempos, nunca conseguia pegar um bom ritmo constante de leitura, sempre variava de dias à semanas e à meses para terminar um livro, eu desejava ter lido mais livros. Mas eu escrevia bastante (Não que a quantidade tenha melhorado a qualidade, porque eram idiotas), tinha um blog de política em que de tempos em tempos, bem raramente, eu escrevia alguma coisa que estava acontecendo, nada que mudasse algo ou fizesse a diferença, apenas um textinho bobo analisando alguma situação escrota da política nacional, que hoje graças a Deus mudou.
Mas esse é o resumo, anos nesse estado catatônico de indiferença. Às vezes viajava com a escola ou algo assim, nada que se sobressaísse ou fosse fora do normal, era bom de viver, mas não é bom de contar, não vivi tudo isso para contar, não tenho o que contar na verdade. Não tenho lembranças que parecem mais estorinhas de contos de fadas ou então fábulas vividas que sempre contém uma "moral da história" que pode ser transmitida para os outros (especialmente filhos e netos), é só isso, uma vida normal, tediosa e nada especial, redundante e parada, mas que até que foi legal de ser vivida e sinto muita saudade daqueles tempos.
Finitude no Infinito
Nosso universo, com o pouco conhecimento que temos, pode ser muitas coisas. Pode ser finito, infinito, um em muitos (multiverso), o único, ilusão, estado, etc. Então, antes, quando pensávamos em nosso lugar nisso tudo, podíamos ver como somos pequenos em relação a isso tudo, todas essas distâncias quase incomensuráveis e difíceis de imaginar. Mas agora e se o universo for infinito? E se este universo for apenas um dentre muitos igualmente complexos e únicos? Como podemos comparar nossa finitude com o infinito espacial? Na verdade, não há como comparar, são elementos de grandezas diferentes, mas ouso a dizer que comparar algo infinito à algo finito (não importa o tamanho) é o mesmo que reduzir este algo finito ao nada. Sou nada.
Mas sabe de algo, isso não importa nada, isso não muda nada, é apenas um pensamento inconsequente de algo que não devemos ligar, pra quê se distanciar tanto da realidade ao adentrar totalmente dentro dela? Porque quanto mais começamos a ver e analisar a realidade, mais nos distanciamos dela, pois a realidade não é aquilo que é, mas sim aquilo que podemos sentir, e apesar de ser muito pouco em relação ao que ela realmente é, só assim temos alguma chance de vivência plena e feliz. O que importa é o que vou fazer agora, e o que vou fazer depois. Mas o que isso influencia? Bom, mostra como nosso agir não deve ser tão presunçoso e arrogante, como nós somos nada e achamos ser tudo, e como nós deveríamos nos importar mais com nossos iguais, os nadas que significam tudo.
Mas sabe de algo, isso não importa nada, isso não muda nada, é apenas um pensamento inconsequente de algo que não devemos ligar, pra quê se distanciar tanto da realidade ao adentrar totalmente dentro dela? Porque quanto mais começamos a ver e analisar a realidade, mais nos distanciamos dela, pois a realidade não é aquilo que é, mas sim aquilo que podemos sentir, e apesar de ser muito pouco em relação ao que ela realmente é, só assim temos alguma chance de vivência plena e feliz. O que importa é o que vou fazer agora, e o que vou fazer depois. Mas o que isso influencia? Bom, mostra como nosso agir não deve ser tão presunçoso e arrogante, como nós somos nada e achamos ser tudo, e como nós deveríamos nos importar mais com nossos iguais, os nadas que significam tudo.
Memórias Aduladoras
Ficou bem evidente agora, pois antes se tratava de uma hipótese vaga. Eu acho que a transferência presente-passado ou momento-memória se faz de forma que os fatos são intensificados, ao menos comigo as vezes é assim. Se uma tarde chata tem bons momentos, lembrarei como uma tarde boa. Se um dia foi agradável mas algo me incomodou nele, será lembrada como uma tarde desagradável. E os personagens destas manhãs, tardes e noites também são amplificados, como pessoas que causam boas risadas, momentos agradáveis e legais mas que as vezes incomodam, pode ser que eu me lembre delas de um modo ruim, e então das pessoas em que há muito silêncio desagradável (porém um silêncio entre amigos é bem agradável as vezes) ou piadas sem graça, mas algo traz um pouco de felicidade em sua presença, será lembrada como algo bom.
Então é isso, tendemos a esquecer as coisas boas e lembrar mais das coisas ruins ou o contrário, comigo acontece mais o contrário, eu lembro das pessoas e de tardes melhores do que realmente são, por que afinal enquanto no presente eu pensei em como aquilo estava monótono e normal, até que depois de alguns dias eu via aquele tempo como algo bom e especial, o que me fazia querer passar por aquilo novamente e então me decepcionar no presente e voltar a ficar grato por aquilo, essas memórias me manipulam um pouco ao adular certas pessoas e tempos para mim e estou começando a deixar de acreditar nelas. Mas a verdade é que eu queria sair com alguém que eu gostasse e realmente durante isso eu não me decepcionasse, como se tivesse esquecido das manias e coisas ruins que faz, porque afinal todos temos isso, o problema é que minhas memórias preferem não lembrar disso, mas deveriam.
Então é isso, tendemos a esquecer as coisas boas e lembrar mais das coisas ruins ou o contrário, comigo acontece mais o contrário, eu lembro das pessoas e de tardes melhores do que realmente são, por que afinal enquanto no presente eu pensei em como aquilo estava monótono e normal, até que depois de alguns dias eu via aquele tempo como algo bom e especial, o que me fazia querer passar por aquilo novamente e então me decepcionar no presente e voltar a ficar grato por aquilo, essas memórias me manipulam um pouco ao adular certas pessoas e tempos para mim e estou começando a deixar de acreditar nelas. Mas a verdade é que eu queria sair com alguém que eu gostasse e realmente durante isso eu não me decepcionasse, como se tivesse esquecido das manias e coisas ruins que faz, porque afinal todos temos isso, o problema é que minhas memórias preferem não lembrar disso, mas deveriam.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Masoquismo Emocional Involuntário
Você deixa de ouvir certas músicas pois lembram aquela pessoa, ou então pára de fazer certas coisas pois lembram-a também, ir a certos lugares é tortura pois esteve lá com ela, deixa de comer certas comidas pois seria solidão demais sem compartilhar com ela, certos programas, filmes e seriados também lembram ela, todas as pessoas lembram ela, dormir e sonhar obviamente é só com ela, tudo que faz seria em sua companhia dela, tudo que deixa de fazer poderia fazer com ela, viver poderia ser com ela. Mas não é, sabe? Então lembrar não é bom, mas é algo que assim como esquecer, não depende da gente.
Estaca 0
Que número feio, 0, não é nada. É melhor do que -1, mas prefiro passar por épocas negativas do que viver na constante segurança neutra do 0. Mas matemática de nada serve se não for o símbolo que é, e mesmo na vida pode usar os números como representações, o 0 é o melhor para o momento.
Porque o 0 contém nele essa inexpressibilidade e a frieza que toma conta. O calculismo incitado pela falta de tudo, pelo exaltamento do nada, haha o "nada" sendo ressaltado, que ironia. Não digo que é ruim até, porque o 0 precisa de algo, nem que seja uma distração, 0,000000000000001. Uma risada, uma conversa, uma mensagem, um texto, uma boa notícia, um violão, um bom livro, uma companhia agradável, uma tarde, um filme, cobertas, uma viajem, coisas que distraem em geral, que fazem se esquecer do 0 ou pelo menos transformam ele em alguma coisa, mesmo que muito pouco no momento.
Certas pessoas tem potenciais gigantescos com seus 0's, 0's que contém a possibilidade de um 9999, mas mesmo que sejam possibilidades pequenas, daquelas menores de 1%, essas pessoas só podem ficar mais angustiadas, porque a indecisão traz uma ansiedade que se converte hora em angústia e hora em esperança, depende do "mismo" (oti, pessi) da pessoa.
E o pior então, quem consegue sair do 0, sente que está indo bem por algum tempo e depois volta, volta pra essa anulação sentimental, essa ausência de perspectiva. Mas voltará sempre? O recomeço é rotina? Prefiro acreditar que não enquanto ainda posso. Estaca 0, marcada funda no coração.
Graças a Deus as provas de matemática passaram
Porque o 0 contém nele essa inexpressibilidade e a frieza que toma conta. O calculismo incitado pela falta de tudo, pelo exaltamento do nada, haha o "nada" sendo ressaltado, que ironia. Não digo que é ruim até, porque o 0 precisa de algo, nem que seja uma distração, 0,000000000000001. Uma risada, uma conversa, uma mensagem, um texto, uma boa notícia, um violão, um bom livro, uma companhia agradável, uma tarde, um filme, cobertas, uma viajem, coisas que distraem em geral, que fazem se esquecer do 0 ou pelo menos transformam ele em alguma coisa, mesmo que muito pouco no momento.
Certas pessoas tem potenciais gigantescos com seus 0's, 0's que contém a possibilidade de um 9999, mas mesmo que sejam possibilidades pequenas, daquelas menores de 1%, essas pessoas só podem ficar mais angustiadas, porque a indecisão traz uma ansiedade que se converte hora em angústia e hora em esperança, depende do "mismo" (oti, pessi) da pessoa.
E o pior então, quem consegue sair do 0, sente que está indo bem por algum tempo e depois volta, volta pra essa anulação sentimental, essa ausência de perspectiva. Mas voltará sempre? O recomeço é rotina? Prefiro acreditar que não enquanto ainda posso. Estaca 0, marcada funda no coração.
Graças a Deus as provas de matemática passaram
Tudo Bem?
Como isso pôde se tornar o termo para perguntar como a pessoa está? Se interpretado literalmente, você vê que ninguém poderia responder Sim a tal pergunta, afinal nunca TUDO está bem. Quando a maior parte das coisas ou as mais importante estiverem bem você pode dizer que está bem, mas não tudo bem... Oras, como esse pensamento é tão idiota e sem sentido.
Cessar Tudo!
Não precisa de palavras difíceis e observações desnecessárias, devo utilizar algum tipo de pragmatismo que não se revele tão superficial, mas apenas simples e real. É na verdade tentar ser realista e não filosófico.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
O Falso-Sábio Solitário, Perdido e Triste
Parte-vida de estudos, reflexões e aulas. Não que fosse o principal em sua vida, só porque apreciava o conhecimento, a êxtase que vinha de entender. Como numa missão institua a si mesmo o objetivo de saber, pois por algum motivo que ainda não conseguia explicar, preferia o amargo sabor da verdade à doce ignorância. Levava a vida, ainda jovem, em um perfeito equilíbrio entre estudos e vivência, de forma que além de aprender (Com Livros, Pessoas, Mestres, Internet) podia curtir as banalidades sociais e prazeres ingênuos. Ó mas era um problema, sério aliás, ele não conseguia curtir, por mais que tentasse, sua mente sempre estava em outro lugar, um lugar maior, com perspectivas distantes e visualizações menos parciais.
Talvez por isso algumas pessoas repudiassem sua presença, sua forma de falar e o conteúdo de sua fala, como se sempre precisasse de uma analogia ou alegoria para a situação atual, ou simplesmente informando que aquilo era demais simples para ser apreciado, como se a complexidade significasse algo especial, como se uma frase não pudesse conter um texto.
Enquanto isso outras pessoas o adoravam, consideravam-no um mestre, como se suas linhas de pensamentos sem destino ou as ideias soltas que ele produzia significassem algo de importante, algo de útil para a vida, como se uma análise transformasse o objeto em análise. Ao contrário de sua época, aonde quem quer que soubesse falar palavras raras e tivesse lido alguns livros se achava extremamente categórico e importante, ele era humilde, ou tentava ser. De certa forma falsa, pois em seu interior sentia ser um pouco especial e acima dos outros, sentia que faria algo de importante, que precisava fazer algo de importante. Mas continuava desprezando qualquer elogio, sempre diminuindo-o a algo próximo de um insulto. No lugar de mestre colocava-se como discípulo tolo, ou no lugar de Pensador colocava-se no lugar de um Débil agonizante.
Estilo peculiar, como uma fusão de diversos. Ele não fazia ideia do que achavam dele, não fazia a mínima, não nascera bonito ou feio o bastante para causar impressões que se externalizassem em sorrisos, gestos e olhares, e a hipocrisia e falsidade em nome da boa educação e cordialidade social tiravam toda crença que podia ter nas palavras que as pessoas lhe dirigiam. Na verdade ele esperava simplesmente que as pessoas contassem a si qual era a opinião delas, como se isso fosse algo normal, mas sabe-se que as opiniões verdadeiras são as últimas a serem compartilhadas, sinceridade é menos comum do que a verdade¹.
E assim vivia, dentro de seu mundo interno, achando que seu mundo era mais expandido do que os outros, mais diverso e vívido que o real e que sobrepunha o real, que sua interpretação do mundo era a melhor que podia ter para si. Se auto-impunha regras, uma disciplina longínqua e pouco utilizada, atrás de objetivos grandiosos e distantes que talvez nunca alcançasse, mas não conseguia descansar se não estivesse cada vez mais próximo deles.
Até que eventos, pessoas e reflexões o fizeram concluir tudo de novo. Como pudera ser tão arrogante a ponto de pontuar sua vida, de concluí-la? Como pudera mesclar sua interpretação com a realidade, tornando as duas a mesma? E por fim, como pudera viver pensando que seus objetivos eram melhores do que os objetivos dos outros, ou que seus objetivos eram mais dignos e honrosos?
Porque algumas pessoas simplesmente tem de pensar demais até chegar a conclusão de que o certo é não pensar em nada afinal, que a ignorância é uma benção a qual vemos como maldição a primeira vista, e o conhecimento como remédio que parece ser não passa de um veneno que deve ser utilizado em poucas quantidades? Ou porque a caverna¹ não pode se tornar aconchegante apesar de só vermos sombras? Porque não pensaram que talvez fora da caverna seja frio e sombrio?
Começou a fazer apologia a ignorância e cultuar a simplicidade, mas era tarde demais, ele nunca soube muito para se considerar sábio, apesar de ter recebido elogios que lhe davam ar de sábio, inteligente e conhecedor, mas o pouco que sabia não permitia que se desvincilhasse totalmente, e isso o perturbava, porque por mais que queria viver uma vida feliz e simples ele era quase incapaz. Quase, pois na verdade era falta de prática. Ou talvez estivesse praticando errado, estivesse tentando tomar a fórmula dos outros para si mesmo, sem considerar que seus fatores eram diferentes e precisava de uma formula única, como todos precisam.
Aquela sensação de diferença e especialidade se extinguiu dentro de si, a compulsão por saber tornou-se optativa. O pessimismo ou otimismo consequentes da análise que fazia, também sumiram. A auto-depreciação que utilizava como alternativa à humildade se tornou algo mais próximo da mesma, a arrogância que cultivava mentalmente em relação as pessoas tornou-se imparcialidade de julgamento e substituiu o termo pior e melhor por diferente e diferente.
Viu que além do ser, estão as ações e palavras do ser, e que delas extrai-se talvez o que aquele ser realmente é, não são conceitos separados, mas sim conceitos que se completam num silogismo jocoso e talvez errado. E que a perfeição é algo imperfeito por natureza, já que não existe, e se pudesse escolher não gostaria de presenciar a perfeição de forma alguma, pois o mundo é constituído de imperfeições e ele aprendeu a gostar delas tanto quanto gostava da perfeição. A imprevisibilidade possibilita a surpresa e a surpresa destrói a inércia e a inércia é o que torna a vida chata.
E afinal porque precisa-se analisar algo que não tem o que se analisar, que não há o que fazer sobre isso, é algo que acontece do mesmo jeito que chove, e como as nuvens passa, e no caso individual é apenas uma vez, não há motivo para saber como será a próxima pois não haverá próxima, e não é só por isso que devemos temer ou sermos pessimistas, pelo contrário, há mil motivos para não. E mesmo que intrincado no ser estejam tais características e manias, não devemos nos render a quem nós somos se este "ser" no prejudica, nós devemos, tentar ao menos, ser aquilo que queremos e gostamos de ser.
Então o Pseudo-Sábio Solitário, Perdido, Triste, Humildemente Arrogante e Egoisticamente Altruísta tornou- se algo... Diferente, nem pior ou melhor, apenas diferente. E para não cometer o mesmo erro, não colocará um ponto final ainda, só quando não der mais para escrever ou pensar
__________________________________________________________________________________
¹Diferenciando as verdades cruas (fato) das verdades sinceras (opinião)
²Alegoria da caverna de Platão
Talvez por isso algumas pessoas repudiassem sua presença, sua forma de falar e o conteúdo de sua fala, como se sempre precisasse de uma analogia ou alegoria para a situação atual, ou simplesmente informando que aquilo era demais simples para ser apreciado, como se a complexidade significasse algo especial, como se uma frase não pudesse conter um texto.
Enquanto isso outras pessoas o adoravam, consideravam-no um mestre, como se suas linhas de pensamentos sem destino ou as ideias soltas que ele produzia significassem algo de importante, algo de útil para a vida, como se uma análise transformasse o objeto em análise. Ao contrário de sua época, aonde quem quer que soubesse falar palavras raras e tivesse lido alguns livros se achava extremamente categórico e importante, ele era humilde, ou tentava ser. De certa forma falsa, pois em seu interior sentia ser um pouco especial e acima dos outros, sentia que faria algo de importante, que precisava fazer algo de importante. Mas continuava desprezando qualquer elogio, sempre diminuindo-o a algo próximo de um insulto. No lugar de mestre colocava-se como discípulo tolo, ou no lugar de Pensador colocava-se no lugar de um Débil agonizante.
Estilo peculiar, como uma fusão de diversos. Ele não fazia ideia do que achavam dele, não fazia a mínima, não nascera bonito ou feio o bastante para causar impressões que se externalizassem em sorrisos, gestos e olhares, e a hipocrisia e falsidade em nome da boa educação e cordialidade social tiravam toda crença que podia ter nas palavras que as pessoas lhe dirigiam. Na verdade ele esperava simplesmente que as pessoas contassem a si qual era a opinião delas, como se isso fosse algo normal, mas sabe-se que as opiniões verdadeiras são as últimas a serem compartilhadas, sinceridade é menos comum do que a verdade¹.
E assim vivia, dentro de seu mundo interno, achando que seu mundo era mais expandido do que os outros, mais diverso e vívido que o real e que sobrepunha o real, que sua interpretação do mundo era a melhor que podia ter para si. Se auto-impunha regras, uma disciplina longínqua e pouco utilizada, atrás de objetivos grandiosos e distantes que talvez nunca alcançasse, mas não conseguia descansar se não estivesse cada vez mais próximo deles.
Até que eventos, pessoas e reflexões o fizeram concluir tudo de novo. Como pudera ser tão arrogante a ponto de pontuar sua vida, de concluí-la? Como pudera mesclar sua interpretação com a realidade, tornando as duas a mesma? E por fim, como pudera viver pensando que seus objetivos eram melhores do que os objetivos dos outros, ou que seus objetivos eram mais dignos e honrosos?
Porque algumas pessoas simplesmente tem de pensar demais até chegar a conclusão de que o certo é não pensar em nada afinal, que a ignorância é uma benção a qual vemos como maldição a primeira vista, e o conhecimento como remédio que parece ser não passa de um veneno que deve ser utilizado em poucas quantidades? Ou porque a caverna¹ não pode se tornar aconchegante apesar de só vermos sombras? Porque não pensaram que talvez fora da caverna seja frio e sombrio?
Começou a fazer apologia a ignorância e cultuar a simplicidade, mas era tarde demais, ele nunca soube muito para se considerar sábio, apesar de ter recebido elogios que lhe davam ar de sábio, inteligente e conhecedor, mas o pouco que sabia não permitia que se desvincilhasse totalmente, e isso o perturbava, porque por mais que queria viver uma vida feliz e simples ele era quase incapaz. Quase, pois na verdade era falta de prática. Ou talvez estivesse praticando errado, estivesse tentando tomar a fórmula dos outros para si mesmo, sem considerar que seus fatores eram diferentes e precisava de uma formula única, como todos precisam.
Aquela sensação de diferença e especialidade se extinguiu dentro de si, a compulsão por saber tornou-se optativa. O pessimismo ou otimismo consequentes da análise que fazia, também sumiram. A auto-depreciação que utilizava como alternativa à humildade se tornou algo mais próximo da mesma, a arrogância que cultivava mentalmente em relação as pessoas tornou-se imparcialidade de julgamento e substituiu o termo pior e melhor por diferente e diferente.
Viu que além do ser, estão as ações e palavras do ser, e que delas extrai-se talvez o que aquele ser realmente é, não são conceitos separados, mas sim conceitos que se completam num silogismo jocoso e talvez errado. E que a perfeição é algo imperfeito por natureza, já que não existe, e se pudesse escolher não gostaria de presenciar a perfeição de forma alguma, pois o mundo é constituído de imperfeições e ele aprendeu a gostar delas tanto quanto gostava da perfeição. A imprevisibilidade possibilita a surpresa e a surpresa destrói a inércia e a inércia é o que torna a vida chata.
E afinal porque precisa-se analisar algo que não tem o que se analisar, que não há o que fazer sobre isso, é algo que acontece do mesmo jeito que chove, e como as nuvens passa, e no caso individual é apenas uma vez, não há motivo para saber como será a próxima pois não haverá próxima, e não é só por isso que devemos temer ou sermos pessimistas, pelo contrário, há mil motivos para não. E mesmo que intrincado no ser estejam tais características e manias, não devemos nos render a quem nós somos se este "ser" no prejudica, nós devemos, tentar ao menos, ser aquilo que queremos e gostamos de ser.
Então o Pseudo-Sábio Solitário, Perdido, Triste, Humildemente Arrogante e Egoisticamente Altruísta tornou- se algo... Diferente, nem pior ou melhor, apenas diferente. E para não cometer o mesmo erro, não colocará um ponto final ainda, só quando não der mais para escrever ou pensar
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¹Diferenciando as verdades cruas (fato) das verdades sinceras (opinião)
²Alegoria da caverna de Platão
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Presente Inalcançável
Meus passos se tropeçam no vazio
Como se nem soubessem para onde ir
Bebendo lágrimas do mesmo cantil
Como se houvesse alguém a seguir
A metamorfose temporal não se completa
O cristal angelical não se aproxima o bastante
Para criar um momento extasiante, um presente
Que nunca alcançarei, nem no futuro distante
Isotermia Ambiente-Interior
Nada impede que o frio se mantenha
Corrói a minha alma como gangrena
E porque tinha que ser justamente agora
No inverno do inferno glacial que aflora
Respiração pensante que se torna ofegante
De perceber que o rumo é demasiado desgastante
Mas que rumo é esse que não leva a nenhum lugar
E a caminhada continua forçada sem cessar
Talvez alguém, Talvez um Sol, Talvez Anzol
Pra tentar pescar novidades
Talvez alguém, Talvez um Sol, Talvez Leviandades
Acho que é assim que deve ser
Talvez alguém, Talvez um Sol, Talvez Viver
Ou melhor, resistir com distrações
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